Colunas / Vida de equilibrista

Mãe é tudo igual?

Publicado em 22/09/2013, às 21h00 por Cecilia Troiano


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Nos últimos dias fiquei com um provérbio na cabeça que não queria sair. Aproveitei que ele não largava de mim e usei-o para refletir. “Mãe é tudo igual, só muda de endereço!” Quem já não já escutou essa frase ? Acho que todas nós já ouvimos muito, desde que somos filhas e ainda mais quando viramos mães. E, na maioria das vezes, vestimos a carapuça e nos vemos mesmo como muito parecidas e isso até nos proporciona algum conforto, afinal não estamos sozinhas em nossos dramas, medos e curiosidades. Afinal, mãe é mãe, certo? 

Pois é, eu também achava isso, ou melhor, continuo achando. Porém, lendo (ou tentando ler) um jornal italiano me deparei com uma curiosa classificação de “tipos” de mães. Na verdade, são tipos variados de mães que povoam diferentes países. Assim, apesar de compartilharem muitos sentimentos relacionados à maternidade, trazem uma “lente” própria para vivenciar o papel de mãe. Divido aqui com vocês os tipos de mães compartilhados por esse artigo. 

Mãe italiana: é a mãe que “choca” os filhos, fica com eles embaixo de suas asas o tempo todo. Tem uma enorme preocupação com alimentação, mais do que outras mães. É afetuosa, protetora e se ocupa quase integralmente deles. 

Mãe francesa: é a mãe descontraída, que dá mais liberdade aos filhos, deixando-os mais livres para brincar.  Não fica obcecada e nem cria expectativas exageradas em relação aos filhos. Nada adepta de “junk food”. 

Mãe chinesa: é a mãe tigre, proíbe televisão e videogame, impõe aulas de música, preferencialmente de violino e piano. Mantém uma forte pressão em cima dos filhos. 

Mãe inglesa: é a mãe silenciosa, passa a maior parte do tempo sem falar muito. Não repete continuamente as ordens e nem confere aos filhos um status especial na família. 

Mãe americana: é a mãe neurótica, que tem medo de tudo.  Quer vigiar todos os passos do bebê, muito atenta a germes e bactérias e é mais liberada na alimentação.

E nós, mães brasileiras, quem somos? Como somos? Isso o jornal italiano não revelou e aí é que começou minha inquietação. Apesar de sermos todas iguais e de saber que mãe é mãe, nosso endereço é outro e, portanto, devemos ter traços próprios da maternidade brasileira.  Não vou me furtar a dar a minha visão da mãe brasileira, sem achar que esta seja definitiva. Pensando nisso, não consegui chegar a apenas um tipo de mãe brasileira. Para mim, a mãe brasileira pode ser a mãe insegura, aquela que adora ouvir a opinião de todos para decidir o que é melhor para seus filhos. Também a mãe brasileira pode ser a mãe amiga, aquela que estabelece uma relação mais de igual para igual com os filhos, com uma hierarquia não tão rígida e com limites mais elásticos. Ou ainda a mãe culpada, com um sentimento de culpa sempre em alta, mesmo que seja bastante presente no dia a dia dos filhos. Ela sente que está devendo alguma coisa aos filhos e busca formas de “compensar” essa culpa. Tem ainda a mãe perfeita, a que se cobra para sempre para tirar nota 10 em tudo, quer ser a mais perfeita possível, muitas vezes gerando um enorme estresse para atingir esse objetivo. Mas nem assim desiste em buscar a perfeição na maternidade.

Americanas, chinesas, francesa e brasileiras. Todas mães. Tenho certeza de que cada uma a seu modo, em última instância querem ver seus filhos saudáveis e felizes. Nesse ponto não há dúvidas: mãe é tudo igual. Mas nossos endereços, o lugar onde nascemos ou fomos criadas, trazem uma lente particular sobre a maternidade. Ou seja, nosso endereço conta e muito. Ouso assim a sugerir um ligeiro ajuste no ditado popular e propor uma revisão: “mãe é tudo igual mas o endereço faz muita diferença!”  


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