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Arranjos equilibristas e satisfação do casal

Publicado em 10/11/2013, às 22h00 por Cecilia Troiano


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Os formatos familiares hoje, no que se refere a quem trabalha fora e quem cuida dos filhos e da casa, são múltiplos. O modelo mãe dona de casa e pai provedor há tempos deixou de ser a única possibilidade, disso todos já sabemos.  Hoje começa a surgir exatamente o oposto – mãe provedora e pai dono de casa. Nos Estados Unidos até batizaram esse pai de “houseband”, uma mistura de housewife (dona de casa) com husband (marido). 

Mas o que ainda não foi suficientemente explorado e discutido é: qual dos arranjos é o que promove maior satisfação no relacionamento do casal? Muitos vão falar que depende do arranjo, que cada caso é um caso. Tudo isso é verdade, mas acabo de ver um amplo estudo acadêmico, realizada nos Estados Unidos, por Toni Zimmerman, cujo foco era entender exatamente isso.  Qual dos formatos gera mais satisfação? O tradicional com mãe em tempo integral e pai trabalhando fora ou o contrário? Segundo o estudo, foram analisadas quatro dimensões que impactam na satisfação conjugal: divisão de tarefas domésticas, equilíbrio de poder entre o casal, valor associado às responsabilidades de cada um e bem estar individual. O que o estudo fez foi comparar a avaliação dos dois perfis de família frente a esse conjunto de quatro dimensões. E a que resultados o autor do estudo chegou? 

Empate! Isso mesmo. O grande resultado é a constatação de que, se marido e mulher estão confortáveis com o arranjo escolhido e ambas as partes cumprem seus acordos, independentemente de qual seja, o patamar de satisfação dos casais se equivale. Lendo o estudo completo, à medida que as páginas avançavam, ficava curiosa para saber quem “ganharia”.  Ao ver o resultado, acho que faz muito sentido. O que conta mesmo é como esse “combinado” entre o casal se operacionaliza no dia a dia e o quanto as quatro dimensões avaliadas são vividas pelo casal. Passada a ligeira frustração por não ter um modelo vitorioso, gostei do resultado. Acho que dá mais espaço para que cada casal veja o que é melhor para o momento de vida deles. 

Mas, apesar do empate, há um dado que chama a atenção e serve de alerta para as mulheres: dos perfis avaliados (mãe dona de casa, mãe que trabalha fora, pai dono de casa, pai que trabalha fora) aquele que se mostrou mais estressado foi o de mulheres, independente de serem donas de casas ou trabalharem fora! Mais um dado que mostra o que já sabemos. Mães sobrecarregadas e fazendo “horas extras”. Talvez muitas até gostem, tenham prazer, sintam-se muito bem com essa dedicação intensiva. Mas isso não quer dizer que não fiquem sobrecarregadas e estressadas, em muitos casos. E o menos desgastado dos quatro perfis? Os pais que trabalhavam fora! Ou seja, ainda as mulheres, mesmo aquelas que trabalham fora, ao chegar em casa sentem que precisam se dedicar à família para compensar sua ausência. Já pais que trabalham foram não compartilham do mesmo sentimento. No estudo, mães que trabalhavam fora gastavam quase 13 horas a mais do que pais do mesmo perfil! 

Embora esses dados sejam relativos às famílias americanas, fico curiosa para saber como seria aqui. Alguém tem um palpite?


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