Publicado em 17/10/2021, às 08h20 por Negra Li
Eu acredito com força na importância de se viver a infância intensamente. Porque a infância é a melhor fase da vida e se tivermos a sorte de viver muito, a gente vai perceber que é a fase que passa mais rápido também. Eu tive uma infância regada a brincadeiras, tanto na rua onde eu morava, quanto na escola, na rua da casa dos meus primos… Qualquer lugar que eu ia, eu brincava muito e fazia amigos muito fácil. Bate uma saudade, né?
E aproveitar esse momento das nossas vidas que nos faz olhar para trás e sentir que valeu a pena. Aproveitar a infância é estar livre de responsabilidades, tendo em vista que a fase mais importante do nosso ciclo da vida está acontecendo, a de ser criança. Enfatizo muito sobre esse aproveitamento com os meus filhos, principalmente com a Sofia que logo estará na transição dessa fase para uma outra, que inclui outros deveres e responsabilidades.
Sinto que nos dias de hoje as crianças estão perdendo esse lugar, com o avanço das tecnologias. Ser criança se tornou mais difícil, e lá em casa, o desafio de acompanhar o tempo também existe. Estou em constante atenção para incentivar o Noah e a Sofia a fazerem coisas diferentes, usarem o máximo da criatividade, porque, no final, a criança tem que ser criança e precisa aproveitar esse momento.
É uma corrida contra o tempo, já que estamos em constante movimento e mudança no mundo afora. Por outro lado, estamos em uma geração em que as mulheres são mais independentes, logo, têm suas ocupações e muitas vezes, o tempo para exercitar essa atividade com os filhos é menor. O equilíbrio desse tempo é a chave para fazer dar certo. Outra coisa muito importante é mediar o tempo das crianças em tecnologias e estar sempre de olho nos acessos, porque com a rapidez da internet, é possível que processos se acelerem mais do que o esperado e é nosso papel mediar esse ambiente para que ele seja um complemento das vivências dos nossos pequenos.
Quando criança, na idade da Sofia, que tem 12 anos, eu brincava de boneca, e hoje, a realidade é tão diferente, que fico pensando sobre o nosso papel de pais que se importam com esse crescimento e estão fazendo o possível para que seus filhos aproveitem ao máximo. Isso é essencial. No final das contas, ser criança é isso, aprender, se divertir, aproveitar e para além de tudo, nos ter por perto.
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