Publicado em 07/10/2015, às 16h29 por Nanna Pretto
Ele tem um ano e nove meses e já percebeu que me ganha no grito. Rafael tem um temperamento que eu nunca vi na vida. Claro, de referência só tenho Gabriel, de 7 anos, que nunca me deu o menor trabalho nessa fase da primeira infância. Sentava à mesa, brincava sozinho, não rasgava as coisas e pouco aprontava (pelo menos nessa idade).
Rafael é tudo ao contrário. Tudo mesmo!
E agora ele grita. Deita no chão e grita. Olha para mim e grita. Sai correndo e grita. Quando não chora gritando. Ai, eu quero sumir.
É algo que me faz perder o autocontrole. Eu tento ignorar, claro. Faço a psicologia da birra. Uso a tática de quanto mais ele fala alto, mais baixinho eu respondo. Olho no olho, me ajoelhando na altura dele. Eu faço tudo que me vem à cabeça durante uns 20, 30 segundos. Depois eu dou o que ele quer. Cedo à pressão ou tiro do irmão para entregar para ele. Tsc, tsc, tudo errado.
Respiro, penso no que errei, não consigo ver uma saída. Vou ao Google ou aos livros de psicologia sobre manhas e birras ou a qualquer bibliografia que tenho por aqui. Tento achar uma saída para acalmar o berreiro.
Não dá certo. Antes de sairmos de casa, às 9h da manhã, ele já me tirou do sério umas três vezes. E, se eu grito de volta, me sinto mal, porque tenho a sensação de que destruí todo o meu castelinho da boa educação.
As birras, a partir dessa fase da vida da criança, são normais. E nisso eu sou mãe de primeira viagem, porque se eu tive algum episódio de birra assim, com o mais velho, realmente foi apagado pela amnesia do amor maior (um dia eu escrevo sobre isso). Lembro alguns dramas, algumas brigas, aquela chantagem emocional do tipo “eu não te amo mais” ou “você é a pior mãe do mundo”. Mas esses escândalos descabidos que você tem vontade de esconder a criança? Isso é novo para mim.
Como tudo que é novo, é desconhecido. Não sei como lidar, na prática, com isso. As teorias ficam todas na cabeça. Mas, na hora H, o que ganha mesmo é o grito. O meu ou o dele.
E ficarei muito feliz se vocês compartilharem situações parecidas.
Para eu ter certeza de que faz parte desse momento da vida, que passa. E, quem sabe, acharmos juntas uma alternativa para sussurrarmos quietinhas o quanto amamos esses serezinhos temperamentais!
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