Colunas / Minha vida nada Down

Comparar para quê?

Publicado em 09/12/2013, às 22h00 por Ivelise Giarolla


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Desde que a pequena Lorena nasceu, vivo em um dilema entre ser ou não ser educada ao dar certas respostas para perguntas ou frases que se referem a ela. São perguntas do tipo: “Nossa, ela não engatinha ainda?” ou “O meu filho é muito esperto, ele andou com 9 meses” ou “Ela pesa só 7 Kg? O meu com essa idade pesava tantos”.  E blá-blá- blá.  Ou pior ainda: “Meu filho não tem nada, graças a Deus”.

Frases como essas eu escuto, para não dizer diariamente, quase todos os dias. Estou um pouco cansada de explicar que minha filha tem Síndrome de Down, portanto tem desenvolvimento atrasado, que é pequena para a idade, que vai andar e falar com certa dificuldade etc. etc. etc.

Mas vamos conversar agora: preciso mesmo dar tantas explicações? Por que as pessoas têm a infeliz ideia de sempre viver em um mundo de comparações inúteis e que não levam a nada? Será que as pessoas não percebem que essas comparações incomodam e muito?

Ando refletindo muito sobre esse assunto e, agora que tenho uma filha com uma deficiência, reflito ainda mais. Nunca gostei dessas comparações, mesmo com minha filha mais velha. Cada criança é de um jeito, feliz de um jeito, criada de jeitos diferentes. Porém quem vai falar que seu filho tem problema nesse mundo? Eu falo, mas sei que sou minoria.

Li, recentemente, um texto extremamente bom, interessante e que explica perfeitamente o meu modo de pensar:

Infância não é carreira e filho não é troféu

Nesse mundo contemporâneo, ter, ser, saber, parecem fazer parte de uma competição. Nesse mundo, alguns pais e algumas mães acabam acreditando que é preciso que seus filhos saibam sempre mais que os filhos de outros. E isso, sim, seria então sinal de adequação e, o mais importante, de sucesso.

O que uma criança deve saber aos 4 anos de idade?Essa foi a pergunta feita por uma mãe, em um fórum de discussão sobre educação de filhos, preocupada em saber se seu filho sabia o suficiente para a sua idade.

Segundo Alicia Bayer, no artigo publicado em um conhecido portal de notícias americano – The Huffington Post -, o que não só a entristeceu, mas também a irritou foram as respostas, pois em vez de ajudarem a diminuir a angústia dessa mãe, outras mães indicavam o que seus filhos faziam, numa clara expressão de competição para ver quem tinha o filho que sabia mais coisas com 4 anos. Só algumas poucas indicavam que cada criança possuía um ritmo próprio e que não precisava se preocupar.

Para contrapor às listas indicadas pelas mães, em que constavam itens como: saber o nome dos planetas, escrever o nome e sobrenome, saber contar até 100, Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem que uma criança deve saber.

Veja alguns exemplos abaixo:

E ainda acrescenta uma lista que considera mais importante. A lista do que os pais devem saber:

Então, o que precisa mesmo – de verdade – uma criança de 4 anos?

Muito menos do que pensamos e muito mais!”

O texto foi publicado originalmente no Toda crianca pode aprender

E assim, termino minha coluna de hoje com a seguinte frase: infância não é carreira e filho não é troféu, portanto vamos parar com as comparações!


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