Publicado em 25/02/2021, às 15h39 por Mel Albuquerque
Lembro do primeiro dia de aula dela e do meu, quando tínhamos praticamente a mesma idade. A mesma inocência, mesmos medos, coração puro e aberto para a vida nova na mesma cidade de Londres, apenas com um hiato de 30 anos entre nós. O tempo passa e a vida de criança imigrante muda quase nada.
Eu sabia apenas “loo”, que significa banheiro aqui no Reino Unido, “yes” e “no”, e me arriscava nos 50% de chance de acerto. Lembro de errar feio logo de cara. Alguém perguntou algo. E agora? Yes ou no? Humm… “No”, falei. Ixi, fiquei sem lápis. O começo não é fácil. Já minha filha se arriscou um pouco mais no primeiro dia. Ela sabia algumas frases que poderiam ajudar na hora de pedir para ir ao banheiro ou sinalizar fome, dor, e se apresentar aos amigos. Para mim, como mãe, já foi um baita alento.
A escola é uma das decisões mais difíceis e importantes quando a gente muda de país com filhos. Aqui na Inglaterra o processo de busca pode ser longo, visto que também envolve escolher uma casa perto. É um combo. Você precisa morar o mais perto possível da escola para ter boa chance de ser aceito. E, claro, as boas escolas deixam as casas do entorno caras e concorridas. É um pouco a história do ovo ou a galinha. Difícil entender, nesse caso, qual escolher primeiro.
Recebo muitas perguntas nas mídias sociais sobre a educação aqui na Inglaterra. Meus filhos estão no ensino primário e posso dizer que, no geral, o ensino é bom. Os ingleses se orgulham disso. Claro que há escolas excelentes e as que precisam de melhoras. Até o terceiro, quarto ano, a transição Brasil para Reino Unido ou vice-versa ainda acontece sem tantos tombos. Mas depois do 6° ano parece que um abismo acadêmico começa a se formar e o caminho da volta, ou seja, Reino Unido para o Brasil parece mais desafiador (porém nunca impossível).
Estamos chegando perto dessa beirada e começamos a questionar se o ensino público daqui é tão bom quanto pintam ou se é mesmo como diz a expressão: “Só para inglês ver”. Fato é que, quem vem do ensino particular no Brasil e se depara com escolas incríveis e à altura das escolas caras no Brasil, sente que está no paraíso. A gente se sente realmente muito grato, mesmo pagando altas taxas ao governo por isso. Nada é de graça.
Mas estamos chegando próximo ao 6° ano e muitos dos amiguinhos já começaram a migrar para o ensino particular e milionário daqui. Pois é, descobrimos que os ingleses fazem muito isso. Arrastam com o ensino público até os 10 anos e depois se endividam para preparar as crianças para as TOP universidades daqui.
Como esta não é uma opção para nós, estamos cá outra vez procurando uma outra casa, perto de outra escola pública que seja excelente na visão da nossa família e que se encaixe no perfil da nossa menina, já não tão pequena mais. Cada cabeça (ou família) uma sentença. E seguimos o baile com novas aventuras pela frente.
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