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Qual a diferença entre comida de verdade e alimento ultraprocessado?

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Publicado em 17/08/2020, às 09h53 por Com a Palavra


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**Texto por Bia Goll, embaixadora da Pais&Filhos, e adepta à gastronomia permacultural

A comida de verdade é viva, ainda traz a história da terra de onde veio sem muitos processos,  já o alimento ultraprocessado está morto, completamente modificado. Ambos têm nutrientes que podem ser calculados e recomendados por nutricionistas, porém comida vai trazer saúde e ultraprocessados doença para os seres e o planeta.

É preciso ter um cuidado especial com a alimentação (Foto: Getty Images)

No mundo atual nos sentimos muito confusos sobre alimentação saudável, além de ter várias dietas ainda tem essa questão de base: o que é realmente comida? Mesmo quando nos esforçamos muito seguindo uma tabela nutricional de baixa caloria, percebemos no fundo que algo está errado. Como já fazem muitas gerações que nos afastamos da terra e da produção da nossa comida, nos sentimos impotentes e sem uma educação alimentar correta, sendo reféns de uma indústria que manipula e vicia.

Um fator fundamental para este resgate é novamente fazermos nossa comida e principalmente, abrir a mente e as papilas gustativas para todos os sabores, sermos realmente gourmets! Cada um no seu tempo, mas nos apropriarmos de novo da nossa alimentação e sentirmos realmente prazer com a comida, algo que alimente o paladar, o corpo e a alma. Ter aulas de real gastronomia nas escolas, dessas que ensinam a cuidar da horta, reconhecer temperos, cozinhar com tubérculos, legumes, fazer cremes e caldos, lindas saladas crocantes e inusitadas, explorar sabores, ousar.

Encher nossas praças e ruas de plantas comestíveis, flores. Dessa forma garantimos comida orgânica para todos, de um jeito simples, natural e em harmonia com a natureza. Já o alimento ultraprocessado é uma combinação de açúcar, gordura e carboidrato que encontramos em quase tudo que fica embalado por meses nas prateleiras de todos os mercados. Comida de verdade tem vida e envelhece logo, alimento ultraprocessado dura muito tempo e, às vezes, nem estraga (biscoitos, enlatados, macarrões instantâneos, sopas prontas, temperos prontos, queijos cremosos, margarina, etc).

Para começar vamos pensar nos truques que nos atrapalham e que quase todos fazemos: qual a memória que você tem de criança e está deixando para o seu filho de uma bela festa de aniversário ou natal, ou mesmo quando quer agradar dando algo para comer? Provavelmente é açúcar e fritura. Comida é afeto e emoção, associamos os momentos em que mais somos amados e queridos com alimentos ultraprocessados super viciantes. Nessa cultura que vivemos é difícil um adulto não se entupir de chocolate, pizza ou refrigerante quando está entediado ou melancólico, quer trazer de volta aquelas sensação maravilhosa de ser amado, como no dia de aniversário de 6 anos!

E quanto mais ultraprocessados comemos, mais distante ficamos de sermos gourmets. Nossas papilas ficam embotadas, nossos desejos pobres. Se sentimos prazer com todos os sabores e texturas nossa possibilidade de satisfação e prazer é muito mais ampla, nossa criatividade pode ser realmente estimulada. Você deve estar se perguntando: mas como fazer uma festa gostosa sem açúcar, frituras e tanto carboidrato?

Fazer uma festa com muitas opções e cuidados é muito importante. E, sim, alguma dose de açúcar, gordura e carboidrato pode ter. A questão é a dosagem disso tudo e o enfoque, para onde queremos realmente colocar nossa atenção e energia? É muito importante ter o bolo com ganache de chocolate? Então faça com ingredientes de qualidade, o melhor chocolate, com creme de leite fresco, açúcar demerara, etc.  Neste caso, onde tem um belo bolo os outros quitutes podem ser bolinhas de castanhas com coco, manga, abacaxi, caqui, morango secos. Espetinhos de frutas com caldas. Mini sanduíches de pão integral com um bom queijo e uma pastinha colorida de tomate.  Descascar uma laranja deixando parte da casca e um ‘biquinho’ para chupar é uma super experiência para a criança, e para o adulto que ainda sabe se divertir com coisas singelas. Sorvetes e sorbet de frutas decorados com flores comestíveis, fica lindo e quem não gosta de sorvete? Fazer mini panquequinhas com coloridas com espinafre, beterraba ou curcuma na massa.

São tantas opções. Assim começam as boas práticas na alimentação: cozinhar a própria comida, abrir as papilas gustativas, ousar nas receitas e apresentação. Celebrar as refeições, curtir este momento. Evite engolir algo de qualquer jeito, sem nem perceber o que comeu. Desenvolva o próprio estilo na hora de cozinhar, sinta tranquilidade e prazer com essa relação boa com a comida. Percebemos como a comida é bela e pode nos fazer tão bem. Suavemente.

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Palavras-chave
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