Publicado em 09/12/2022, às 07h32 por Beto Bigatti
Atire a primeira pedra quem nunca brigou com seu filho sem motivo algum. Do nada, gritou, se irritou, azedou uma conversa. Portas batidas, cada um no seu canto e, no silêncio da sua irritação, você finalmente cai em si. Fruto de um dia difícil, daqueles em que se pensa quarenta vezes em jogar tudo para cima, você acabou descontando toda sua raiva e frustração na criança que culpa alguma tinha.
Essa cena ou você já viveu ou vai viver. Só não passam por isso os “alecrins dourados”, espécimes superiores que pouco contato têm com a realidade da parentalidade e vivem numa harmonia alucinógena. Mas o segredo, que não está publicado em nenhum manual de parentalidade, é justamente o que vamos fazer após perceber a bobagem que cometemos. (Honestamente, este segredo vale para todas as vezes em que erramos).
Mais importante do que o que o erro faz com você, é como você reage a ele. Na minha visão, um pai deve sempre pedir desculpas ao seu filho quando erra. Ao contrário do que muitos pensam, desculpar-se não tira autoridade de ninguém. Não compromete seu “poder” justamente porque o maior potencial de um pai está na honestidade.
Um pai que erra é apenas um pai humano. Porém, um pai que nunca se desculpa, portanto jamais admite seu erro, é um pai que oprime. Ao nunca falhar, rouba de seu filho esta possibilidade. Já o reconhecimento de nossas falhas abre caminhos para nossos filhos. O exemplo da vulnerabilidade e da humildade em reconhecer seus erros é a autorização tácita para que a criança experimente. E principalmente é a sinalização de que encontrará acolhimento sempre que precisar, afinal, se meu pai erra, eu não preciso acertar o tempo todo, pensa logicamente a criança. “Ele vai me entender”, diria.
Após uma conversa franca com pedido de desculpas incluído, livramos nossos filhos do peso da perfeição. Do pavor de nos desapontar. Passamos de um modelo impossível (o pai que está sempre certo e a quem temo) para um exemplo viável (o cara que eu admiro). Então, meu caro leitor, a ideia aqui é nos libertarmos da perfeição. Aceitar que erramos sim. Seria até doentio pensar o contrário.
Penso eu que, além de facilitar as coisas para o serzinho que quer nos agradar o tempo inteiro, ainda lucramos pessoalmente ao tirar de nossas costas a obrigação da impecabilidade. O caminho da honestidade é sempre a melhor forma de educar. Dizer que não sabe, reconhecer que errou ou apenas olhar nos olhos antes de um abraço bem apertado são portas para uma parentalidade empática e saudável.
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