Publicado em 26/07/2022, às 09h39 - Atualizado em 11/10/2022, às 13h11 por Cecilia Malavolta
A saúde do bebê é um assunto muito delicado que pode deixar vários pais e mães de primeira viagem com o cabelo em pé. Só de pensar no filho adoecendo, mesmo que seja algo leve, a gente já arrepia inteira pensando se ele vai sofrer muito com as febres noturnas, os espirros, as tosses… tudo isso faz parte, inclusive da maturação do sistema imunológico da criança, mas existem casos que pedem um pouco mais de atenção. Com a catapora não é diferente.
Doença infecciosa, catapora é o nome popular de um problema causada pelo vírus varicela-zoster, que é facilmente transmitido pelo líquido das erupções cutâneas, pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados pelo vírus. As épocas do ano em que encontramos um maior número de crianças contaminadas com a doença são no fim do inverno, se estendendo até o início da primavera. Na maioria das vezes não provoca sequelas, mas pode ser intensa e grave, com comprometimento de órgãos internos, como sistema nervoso central e pulmões – por isso, é extremamente importante realizar o acompanhamento com um médico.
É mais comum na infância, já que as crianças frequentam creches e escolas e estão mais expostas. Normalmente, temos contato com a catapora na primeira década de vida, sendo mais comum até o quinto ano de vida. As crianças menores, principalmente abaixo de 2 anos, assim como idosos e gestantes, são consideradas grupos de risco para complicações pela varicela. É nesta faixa etária que temos mais complicação e óbitos. Todas as pessoas que não tiveram a doença ou a vacina, têm risco de serem infectadas.
Graças à imunização, que possui alto grau de proteção e reduz a chance de contrair a doença, quem foi vacinado até pode pegar catapora, mas bem mais leve e com pouquíssimas bolhas. O principal objetivo da vacinação é proteger das formas mais graves da doença, com acometimento de órgãos internos e até com risco de morte em situações muito raras.
No tratamento, em geral, são utilizados medicamentos específicos recomendados pelo médico para aliviar a coceira, a dor de cabeça e diminuir a febre. Os cuidados de higiene são muito importantes e devem ser feitos apenas com água e sabão. Para diminuir a coceira, o ideal é fazer compressa de água fria. As vesículas não devem ser coçadas e as crostas não devem ser retiradas.
A principal forma de evitar a doença é com a vacinação. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina contra a varicela: a primeira aos 12 meses e a seguinte a partir dos 15 meses de idade, com um intervalo de 3 meses da primeira dose. Outra medida que pode diminuir o risco de adquirir a doença é evitar contato com uma pessoa que tenha catapora, enquanto ela apresentar vesículas na pele.
“Não tenho dúvidas em afirmar que as vacinas estão entre as principais descobertas da medicina em toda a história. Este pensamento é compartilhado pela maioria dos médicos, tendo em vista o número de pessoas que adoeciam ou morriam de doenças infecciosas que são cada vez mais raras nos dias de hoje. Lembro que atendia muitas crianças com catapora nos meus primeiros anos como médico, na década de 1990. No entanto, depois da implantação da vacinação ao longo do segundo ano de vida, houve uma redução significativa do número de casos de catapora, especialmente os mais complicados”, conta o médico do departamento Materno-Infantil do Hospital Albert Einstein, Claudio Len, colunista da Pais&Filhos e pai de Fernando, Beatriz e Silvia.
O contato com o vírus confere uma imunidade para toda a vida. Com isso, um adulto que já teve a doença não pega de novo, mesmo que tenha contato bem próximo com uma pessoa infectada. Sendo assim, a vacina contra varicela também não é necessária nesses casos.
As situações devem ser analisadas individualmente, mas nos casos de mulheres sem imunidade, a chance de transmissão é alta. Se a mãe fica doente 5 dias antes ou 2 dias depois do parto, o caso pode ser grave e são necessários cuidados, que incluem a interrupção da amamentação. Depois de 3 dias do parto, a contaminação tende a ser mais leve e o aleitamento pode ocorrer, desde que se tome cuidados como lavar as mãos e tampar as lesões. A única limitação é a presença de bolhas no mamilo ou próximo dele, o que aumenta a chance de transmissão.
CONSULTORIA: Claudio Len, médico do departamento Materno-Infantil do Hospital Albert Einstein, colunista da Pais&Filhos e pai de Fernando, Beatriz e Silvia; Dra. Bárbara Furtado, pediatra e gerente médica de vacinas da GSK
Família
Pai de Henry Borel compartilha vídeo da filha indo para casa: "Novo começo"
Família
Sabrina Sato é criticada por levar Zoe à viagem com Nicolas Prattes: "A cara dela diz tudo"
Família
Luana Piovani se irrita após ter água cortada e não poder pagar compras no mercado: "Não consigo"
Família
Ticiane Pinheiro mostra Rafa Justus e ela prontas para festa de 15 anos
Família
Lore Improta mostra evolução da barriga e avisa: "Tem mais neném chegando"
Bebês
180 nomes femininos diferentes: ideias de A a Z para você chamar a sua filha
Família
Nome de suposto 3º filho de Neymar é revelado: "Agora sim um bonito"
Família
Belo anuncia romance após separação de Gracyanne Barbosa: "Não estou solteiro"