Família

Entrevista : Judith Warner

Imagem Entrevista : Judith Warner

Publicado em 28/11/2012, às 08h00 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h31 por Redação Pais&Filhos


28/11/12

Por Larissa Purvinni, filha de Alina
Para minha surpresa, desde a publicação do livro, descobri que a situação de que falo, e que eu acreditava ser americana ou no máximo britânica, é, na verdade, comum a outros países. Prefiro acreditar que forças semelhantes estão em ação, alimentando a insegurança e ansiedade das classes média e alta nos países industrializados. Os pais acham que o mundo é um lugar competitivo e não podem contar com as formas de apoio tradicionais para facilitar o ingresso de seus filhos na vida adulta. Então querem dar a eles vantagens competitivas, porque temem que fiquem para trás e se transformem em perdedores. Pode-se defender a tese de que isso é um sintoma da hegemonia americana, mas acho que seria simplista demais. 
Se você tivesse uma máquina do tempo e pudesse escolher uma época melhor para 
Por que passamos a tratar nossa vida familiar como lidamos com o trabalho?
Acho que precisamos fazer uma pausa e olhar criticamente para nós mesmos. E pensar no modo como falamos e tratamos as nossas crianças, como nós mesmos gostaríamos de ser tratados e questionar nossas motivações e nossos sentimentos. É fácil uma mãe ser levada pelo clima de competitividade e perfeccionismo enlouquecedor na criação dos filhos sem se dar conta disso. Quando você percebe, pode ser um golpe. Só sei que, quando reconheci que estava agindo assim, me senti muito mal. Acho que é uma questão de tentar manter um certo nível de autoconsciência e não forçar seus filhos a ter um desempenho de CEOs (presidentes de empresa) todo o tempo.
E terceirizar a maior parte possível do trabalho doméstico.
Como você organiza as coisas com suas filhas? Elas fazem cursos? Você acha possível evitar toda essa preparação precoce para a vida profissional?
Quase todas as mulheres que eu entrevistei estavam basicamente felizes. Eu estou feliz com a minha vida. Não escrevi exatamente sobre felicidade, mas sobre como a sociedade falha em dar apoio às famílias e a nossas crianças, e sobre algumas das maneiras ridículas com que agimos ao lidar com as nossas mais profundas preocupações e angústias.
Você acredita que a indústria farmacêutica está por trás da tendência de tratar todos os problemas infantis com medicamentos, como no caso dos muitos diagnósticos de hiperatividade, déficit de atenção etc.?
Com certeza. Ela trabalha com nossos medos, contribuindo para criar um clima em que é praticamente impossível Não pensar que exista algo errado com nossos filhos. Ela é responsável pela redefinição de muitos problemas, moldando-os para se encaixar com as pílulas que produzem. E médicos, companhias de seguro-saúde e políticos conservadores são cúmplices. Drogar as crianças é muito mais fácil e barato do que parar para escutá-las. 

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