Publicado em 26/03/2021, às 13h49 - Atualizado em 29/03/2021, às 08h05 por Andressa Simonini, CMO (Chief Marketing Officer) | Filha de Branca Helena e Igor
A Presidente do Conselho da rede Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, participou de um Webinar com jornalistas de diversos lugares do país para falar sobre as saídas que a empresa conseguiu para atender com excelência os clientes nesse período de pandemia. Ao longo do bate-papo ela defendeu os direitos das mulheres e o apoio que fez com o projeto Grupo Mulheres do Brasil. Dentro do tema ela nos respondeu qual a visão dela e da empresa em relação ao retorno das funcionárias com licença-maternidade.
Mãe de três filhos, Ana Luiza, Frederico e Luciana, Luiza lembra que nunca deixou de trabalhar por ser mãe. Segundo ela, um dos maiores incentivos hoje em dia é a prática do home office, que se intensificou após o início da pandemia devido ao isolamento social. “A gente incentiva ter filhos, até porque eu sou mulher e tive 3 trabalhando. O que a gente sente agora é que com o home office ficou mais fácil para elas não ficarem tão distantes da empresa”, conta a empresária.
Segundo Luiza, um dos maiores medos que ela identifica nas mulheres que retornam para o ambiente profissional após o nascimento do filho é poder estar desatualizada do que aconteceu na equipe e na empresa durante o período de afastamento. “A empresa dá até 6 meses de licença-maternidade, mas eu vi que tem mulher que tem medo e volta com 4 meses. Eu tenho a impressão de que com o home office essa mulher consegue entrar em tudo, no rito de comunhão, nos resultados, em tudo mesmo depois que retorna”, explica.
Ela afirma que naturalmente pode haver um susto de cara, mas que hoje está mais fácil, mesmo com a velocidade das mudanças enormes. “Eu fico muito feliz nesse aspecto”, reforça Luiza. Sobre esse tema, ela ainda relata a experiência que tem vivido com uma de suas funcionárias na rede Magazine Luiza. “Temos uma menina que é a única diretora de tecnologia, se não me engano, do Brasil. É uma de nossa principais áreas e ela vai ser mãe. Então, eu tive que trabalhar muito para dizer: ‘Que bom, que ótimo!’”, conta. Por já ter vivido esse momento, ela tenta mostrar que existe caminhos, sim, para equilibrar a vida profissional e a maternidade. “O que transparece quando falo com essa diretora é algo do tipo: ‘E agora, como vai ser a minha vida?’. Eu falo: ‘Gente, eu tive 3 filhos trabalhando, fazendo… Vamos lá, gente’. Não tem receita”, finaliza.
Uma tema que tem gerado bastante dúvida é se muda algo na licença-maternidade durante o período de isolamento. A resposta é não. Esse benefício tanto para as mulheres quanto para os homens seguem sem alteração, sendo 120 dias e 5 dias, respectivamente, sem prejuízo do emprego e salário – a licença-maternidade pelo período de 180 dias obrigatórios no serviço público e opcional para empresas do setor privado inscritas no Programa Empresa Cidadã também permanecem inalteradas. O STF decidiu recentemente que a licença-maternidade começará a contar a partir da alta da internação da mãe ou bebê.
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