Publicado em 04/02/2023, às 19h12 por Redação Pais&Filhos
No dia 1º de janeiro deste ano Thomas Caitano, de 2 anos, foi picado por um escorpião em casa durante o réveillon, em Arniqueira, cidade do Distrito Federal. A criança chegou a ficar em estado grave e respirar com o auxílio de aparelhos. Um mês após o ocorrido, o menino não corre mais risco de morte.
A novidade que dá alívio para a família foi contada pela mãe, nas redes sociais. “Ouvimos de um dos médicos há pouco literalmente: ‘O Thomas ter passado por tudo o que passou e estar aqui é um milagre!’”, escreveu Adriana Caitano.
Segundo ela, a sedação que foi dada anteriormente já foi quase toda retirada e o Thomas está reagindo bem. “Mexendo as pernas e os braços, quase querendo tirar os fios. Aperta nossa mão e faz carinha de choro, como se quisesse dizer algo”, continua.
No entanto, os médicos informaram à família que, devido às lesões cerebrais, o processo de reabilitação será longo. “Temos no mínimo mais 3 semanas de UTI para terminar o tratamento de infecção e iniciar os exercícios”.
As orientações são da integrante da Coordenação de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, Vivian Ailt Cardoso:
1- Lave o local da picada com água e sabão, depois faça uma compressa com água morna, em seguida, procure imediatamente o centro de saúde mais próximo de sua residência;
2- Se possível, capture o animal para posterior identificação;
3- Não impeça a circulação sanguínea, corte ou perfure ao redor da lesão;
4- Não coloque folhas ou pó de café no local do ferimento.
Quando a pessoa picada chega ao centro de saúde, recebe apenas um medicamento para aliviar sua dor, pois o organismo consegue se livrar da toxina do escorpião naturalmente, segundo o biólogo Giuseppe Puorto, membro do Conselho Regional de Biologia da 1ª Região (São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). A picada só leva à morte se a pessoa tiver uma reação grave, causada por uma predisposição do corpo, como um problema no pulmão, por exemplo. Além disso, de acordo com o biólogo, idosos e crianças são considerados o maior grupo de risco.
Por isso, cada caso é analisado no serviço de saúde. Se a pessoa tiver reação, recebe um soro antiescorpiônico, que neutraliza as toxinas do veneno circulante no corpo.
Esse soro está disponível na rede pública de saúde. Em São Paulo, caso não exista no centro de saúde mais próximo, a pessoa picada é encaminhada ao Hospital Vital Brazil, localizado dentro do Instituto Butantan, na Avenida Vital Brasil, zona oeste de São Paulo.
Segundo o Giuseppe, a espécie mais perigosa nas grandes cidades é o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) e que a melhor maneira de evitar a visita desses aracnídeos é manter os lugares limpos e livres de entulhos. No quintal de casa, evite o acúmulo de telhas ou de tijolos, por exemplo. “Se perto da casa tiver algum terreno baldio, peça para que a prefeitura providencie a limpeza do local”, orienta o biólogo.
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