Publicado em 28/06/2022, às 13h29 por Redação Pais&Filhos
Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, é cartunista, empresário e escritor. A inspiração dele para criar os famosos gibis foi a própria família! A protagonista, Mônica, foi uma homenagem à filha que Mauricio considera mais ‘briguenta’. Na infância, ela tinha um coelho azul igual ao Sansão e hoje é diretora executiva da empresa do pai, Maurício de Sousa Produções. Já da filha Magali, os quadrinhos herdaram a paixão por melancias. Da filha Marina, o gosto pelos desenhos.
Nesta terça-feira, dia 28 de junho, a Pais&Filhos participou da Webinar “Café com Aner – Mauricio de Sousa e seu mundo encantado”. Nela, o cartunista contou sobre a sucessão de cargos dos filhos na Turma da Mônica: “A Marina, que hoje é diretora de conteúdo, sabe qual é a filosofia que norteia as histórias. Eu penso que ela pode ser minha sucessora como cartunista. Ela desenha igual a mim. O Mauro cuida da parte de teatro, shows e espetáculos. A Mônica cuida dos negócios. E por aí vai.”
Cebolinha, Mônica, Magali, Cascão, Dorinha… É só falar o nome desses personagens que provavelmente várias lembranças vêm à sua mente! A Turma da Mônica participou da infância de várias gerações e foi aliada na alfabetização de inúmeras crianças, inclusive daquelas que não conseguem ver. Recentemente, o Mauricio de Sousa Produções em parceria com a Fundação Dorina Nowill lançaram uma série de livros em que Dorinha, a personagem cega dos quadrinhos, viaja com o restante da turma pelas cinco regiões do Brasil, para aprender um pouco sobre as brincadeiras, cultura e geografia de cada canto do nosso país.
A coleção conta com cinco livros e CDs com contos e audiodescrição. E o mais legal: todos os livros têm a história escrita em braille, letras grandes e, claro, os famosos e coloridos desenhos da Turma da Mônica. Em entrevista exclusiva à Pais&Filhos, o Mauricio de Sousa falou um pouco sobre essa nova coleção e a importância de trazer a inclusão para dentro dos quadrinhos também.
Para o autor, um dos pontos mais importantes da coleção é justamente o fato dos livros estarem escrito tanto da forma convencional como em braille. “O importante é que esses livros da turminha produzidos junto a Fundação Dorina Nowill, são feitos para crianças “videntes” e não videntes ao mesmo tempo. Só pela criança cega saber que lê o mesmo livro que outras crianças ela já se sente mais integrada. Podem ler juntas inclusive”, ressalta ele.
Mauricio e a Turma da Mônica sempre se preocuparam com a inclusão e representatividade de todas as crianças. Foi pensando justamente nisso que a personagem Dorinha foi criada, em 2004. “Muitas crianças têm amiguinhos ou alguém na família que são cegos. E dentro de uma escola, por exemplo, também pode haver crianças com essa deficiência. Eu já havia criado personagens com algum tipo de deficiência. Para isso, estudei muito para sugerir ao leitor via personagens o contato mais natural possível, sem qualquer tipo de preconceito. Temos atingido esse objetivo”, comenta Mauricio, sobre a criação de personagens com as mais diversas características nos quadrinhos.
Para ele, o mais legal dessa nova coleção em específico é o fato da Dorinha viajar pelo Brasil para explorar nosso país junto com os amigos. “Essa viagem pelas várias regiões do Brasil a convite da Dorinha é um grande passeio onde o leitor vai sentir nossa personagem capaz de vivenciar, entender, participar da grande aventura de conhecer o país junto com crianças videntes”, promete.
O objetivo da equipe de Mauricio com a criação de novos personagens com as mais diversas características é mostrar cada vez mais a realidade de todas as crianças, sem tabus, estereótipos e preconceitos. Por isso, eles contam com personagens como Luca (cadeirante), o André (autista), a Tati (Síndrome de Down), o Edu (distrofia muscular) e vários outros. “Estamos apresentando (esses personagens) aos nossos leitores com informações corretas sobre como vivem com as diferenças. É uma lição de empatia que devemos ter em nossa formação”, pontua Mauricio.
Para o autor, a criação dos livros pode ser uma ajuda para os professores na sala de aula. Quando falamos de inclusão, ele afirma que sua maior aspiração é “ter mais escolas com professores preparados para atender a essas crianças e incluí-las junto às outras”. “Espero que nossa coleção ajude nesta difusão nas escolas”, completa.
Mauricio finalizou reforçando que, na Turma da Mônica, sempre há espaço para novos projetos envolvendo a inclusão. “Às vezes são ONGs ou entidades que nos procuram e sempre podemos colaborar com campanhas necessárias para esclarecer e mostrar que a vida é para todos e que diferenças serão sempre superadas”.
E, claro, contou que família é tudo para ele! “Bem, essa pergunta para quem tem dez filhos já é uma resposta. Adoro família e a nossa se reúne sempre que possível para estarmos aproveitando a alegria de viver”, finaliza.
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