Publicado em 14/10/2022, às 14h28 por Redação Pais&Filhos
Nicole Cameron, de 29 anos, da Escócia, já tinha sintomas estranhos um ano e meio antes de receber o assustador diagnóstico. Segundo a mulher, ela sentia forte cólicas, dor durante as relações sexuais e de vez em quando tinha até alguns sangramentos. Então, preocupada, ela foi buscar um médico, mas ouviu que se tratava apenas de uma ferida no colo do útero, algo relativamente comum entre muitas mulheres e, em geral, não tão preocupante. De acordo com o especialista, o problema poderia ter sido causado pela pílula anticoncepcional que ela tomava na época.
Ela parou de tomar o anticoncepcional e em apenas três semanas acabou engravidando. Porém a dor continuava, mas agora os médicos com quem ela se consultava contavam com o fato da gestação. Em 25 de janeiro desse ano, Nicola passou por uma cesariana e deu à luz a filha, Blair. A dor não passava de jeito nenhum, então os médicos tiveram uma nova hipótese.
“A certa altura, eu tomava 32 comprimidos por dia, incluindo antidepressivos, porque também fui diagnosticada com depressão pós-parto. Também notei uma enorme perda de peso, o que foi um enorme sinal de alerta para mim”, lembra. A dor continuou e, no dia 5 de julho, ela precisou ser levada com urgência para o hospital. A dor era tão forte que Nicola chorava de tanta dor que estava sentindo. Foi a partir daí que os médicos fizeram novos exames e mãe recebeu a notícia de que o diagnóstico era câncer cervical, ou seja, no colo do útero, em estágio três.
“No começo, fiquei em choque”, conta ela, que não conseguia processar o que tinha acabado de ouvir. “Era o meu pior medo, realizado. Eu pensei que ia morrer e que nunca veria minha linda filha, Blair, crescer e que ela teria que passar por sua vida sem conhecer a mãe dela”, diz.
Ela disse que começou a chorar. “A próxima coisa que passou pela minha cabeça foi: ‘meu, Deus, como vou contar para Gary (meu parceiro) e para os meus pais?’”. Nicola se sentiu tonta e não conseguiu entender, de verdade, o que estava acontecendo. Depois de algumas semanas, a ficha caiu. “Então, chorei todos os dias por cerca de duas semanas”, afirma.
Um tempo depois, a mulher foi obrigada a encarar os fatos e começar o tratamento da doença, com sessões de quimioterapia. No mesmo mesmo ela iniciou a radioterapia também. Os médicos estão esperando para revisar os exames recentes e dizer quais são os próximos passos.
Nicola conta que os sintomas físicos e mentais a afetam, mas ela luta contra ele porque quer ver sua filha crescer. “Não vou viver tudo o que esperava viver com ela ao longo de toda a gravidez. Também me preocupa a possibilidade de que algo possa acontecer com ela, quando for mais velha. E se ela tiver um diagnóstico semelhante quando jovem ou até mais tarde na vida?”, questiona. “Eu só quero que ela cresça feliz e saudável, como toda mãe”, afirma.
Agora, Nicola alerta todas as mães a conhecerem os principais sinais da doença, para que assim possam evitar que passem pelo o que ela passou e demorem a obter o diagnóstico. “Não deixe sua dor ou sintomas serem deixados de lado, pois você nunca sabe quando será tarde demais”, avisa.
O câncer de colo do útero é o terceiro tumor mais comum em mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. Infelizmente, no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença é a quarta causa de morte na população feminina. Quando o problema é descoberto durante exames de rotina e precocemente, as taxas de sucesso são altas se tratado logo no início.
Pensando justamente na incidência da doença e na demora do diagnóstico, foi criado o março lilás, campanha que visa conscientizar sobre esse câncer e lançar uma luz na importância da prevenção.
Apesar da doençapoder aparecer em qualquer idade, é mais comum em mulheres que já se encontram na menopausa. Para tirar as principais dúvidas sobre o assunto, conversamos com a Ginecologista e Obstetra pela Febrasgo, Dra. Fernanda Pepicelli.
Quando falamos em câncer de útero, falamos da doença no corpo uterino. “O útero pode ser dividido em três camadas: endométrio (camada mais interna do útero que se espessa todo mês, e se não ocorre a fecundação ela se “desfaz” e afina novamente formando a menstruação). A camada muscular e também a parte mais externa, fina, como se fosse uma capa de proteção, que a maioria dos órgãos possuem. Podemos ter câncer em todas essas localizações”, explica a especialista.
Durante as relações sexuais, por exemplo, é fundamental o uso de preservativo para diminuir o risco de infecção pelo papilomavírus. Durante a infância e adolescência, a vacina contra o HPVé recomendada para meninas de 9 a 14 anos e também para meninos de 11 a 14 anos.
Fernanda Pepicelli reforça também sobre ter hábitos saudáveis no dia a dia como forma de prevenção, além dos exames de rotina. “É importante ter hábitos de alimentação saudável, acompanhamento de rotina com seu médico de confiança adequado”.
Em um primeiro momento, é possível notar o corrimento vaginal amarelo com um odor forte, além de sangramentos menstruais irregulares, após a relação sexual, e após a menopausa, e dores na região abaixo do ventre. Já quando a doença está mais avançada, a mulher pode sentir dores pélvicas fortes ou na região lombar, anemia e alterações para urinar e intestinais.
Leia mais sobre câncer de colo do útero aqui!
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