Publicado em 25/03/2019, às 10h18 - Atualizado em 27/04/2021, às 09h02 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
O que aparenta ser apenas uma ferida na pele do seu filho pode se revelar uma infecção bacteriana. Muitas vezes, o impetigo não é identificado de primeira e grande parte da população desconhece o nome dessa infecção, apesar dela atingir cerca de 2 milhões de pessoas por ano no Brasil. Por isso, é preciso ficar atento aos sintomas e machucados na pele do seu filho, já que o impetigo acontece com mais frequência em bebês e crianças.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o impetigo é uma infecção bacteriana superficial da pele muito comum e altamente contagiosa. Ela é vista mais frequentemente no rosto ou extremidades da pele de crianças. Acontece depois um pequeno trauma da pele, machucado ou até mesmo após a picada de insetos. O impetigo ocorre quando a criança se contamina com as bactérias estafilococos ou estreptococos, que causam a infecção. As crianças também podem se autocontaminar com a própria secreção nasal, em casos de rinite, além de ocorrer sobre outras doenças prévias da pele, como a dermatite atópica, que sofrem a contaminação secundária pela bactéria.
As bactérias causam bolhas, feridas e crostas avermelhadas em qualquer parte do corpo, chamadas milicérias, por ter coloração parecida com à do mel. As lesões são doloridas e podem causar febre e mal estar nas crianças. O impetigo pode deixar cicatrizes na pele e, em casos mais graves, as toxinas das bactérias podem causar doenças nos rins e septicemia (infecção sistêmica) em crianças com baixa resistência. Os alérgicos podem desenvolver complicações com mais facilidade.Às vezes, pode formar bolhas que se rompem. Não existem sintomas locais, mas a lesão vai se espalhando para áreas próximas.
A limpeza das feridas com água e sabão e remoção das crostas são sempre indicadas. Para infecções mais localizadas, o impetigo é tratado com antibióticos específicos, seja por via oral ou em pomadas. Os pais devem procurar um médico logo nos primeiros sintomas e sempre seguirem à risca a posologia prescrita.
Sempre mantenha a pele do seu filho sem traumas e hidratada e, quando ele se machucar, limpe o local com água e sabão. Também é importante não coçar as lesões para evitar contaminações secundárias. Na maioria dos casos, o risco de contágio do impetigo só desaparece 48 horas depois que o tratamento com antibióticos começa ou quando as feridas deixaram de eliminar secreção e estão cicatrizando. Por isso, é importante manter seu filho em casa e tomar cuidado para que ele não tenha contato direto com outras crianças, além de separar os objetos para o uso exclusivo dele.
Também é importante tomar outros cuidados com seu filho:
Consultoria: Denise Steiner, mãe de Tatiana, Marcelo e Gustavo, dermatologista pediátrica e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
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