Falsa grávida é condenada a indenizar pai do bebê em R$ 33 mil

Um pai foi enganado por nove meses acreditando que estava esperando pelo primeiro filho. Um homem de 30 anos, pensou que seria pai após ter relações com com uma jovem que conheceu na casa de amigos. 

Por não ter nenhum motivo para desconfiar, ele assumiu a paternidade e não foi atrás de testes de DNA. Mesmo não esperando pela notícia de se tornar pai, ele ficou feliz com a chegada do bebê. Ele e a suposta mãe da criança, fizeram um chá revelação com as famílias, e eles estariam esperando uma menina.

Além de assumir o bebê, o suposto pai, que não quis ser identificado,  pintou e montou o berço da filha e também chegou a comprar fraldas e guarda-roupa. Ele e a suposta mãe, não pretendiam ficar juntos e nem estabelecer nenhum tipo de relação além da bebê, mas mesmo assim João chegou a fazer empréstimos.

Ele  pegou dinheiro para ajudar com que a mãe da bebê construísse uma casa nos fundos do quintal da casa dos pais, assim a família estaria sempre por perto para auxiliar na criação da bebê. 

A mentira sobre a gravidez, durou até a 42ª semana, quando depois de ser muito pressionada para ir ao hospital entender os motivos de não ter dado á luz, a jovem revelou que não estava esperando por nenhum bebê, inicialmente ela disse que confundiu a gravidez com um mioma, mas logo depois disse que teve um aborto aos 8 meses.

Após perceber a mentira e todo o dinheiro gasto, o homem acionou as autoridades e a Justiça para resolverem o caso. O portal UOLteve acesso às decisões da Justiça: “O ato causou ao requerente [autor do processo] e a sua família uma dor inimaginável. Ele ficou destruído emocionalmente pelas expectativas criadas e por ter sido enganado por tanto tempo por alguém que só visava vantagens financeiras.”, disse o advogado Alcy de Camillis Petroni. 

No início deste mês, o juiz do caso, José Augusto Marzagão, condenou a jovem a pagar uma indenização de R$33,6 mil, sendo R$23,6 mil como restituição pelos prejuízos e os outros R$10 mil por danos morais pela situação gerada.

O juíz do caso explicou o motivo da indenização: “A ré gerou não apenas frustração pela expectativa criada, mas efetivo sentimento de vergonha, tristeza e humilhação considerável, um verdadeiro estelionato sentimental”