Publicado em 26/06/2021, às 16h12 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
A perda do olfato e do paladar com a incapacidade de sentir odores ou gostos (anosmia) é um sintoma comum da covid-19 e ocorre em cerca de 86% dos pacientes com quadros leves da doença provocada pelo coronavírus. Mesmo depois de curadas, muitas pessoas demoram meses para recuperar completamente o olfato.
Mas um novo estudo, publicado nesta quinta-feira (25) no Jama Network Open, pode trazer esperança. O estudo acompanhou 97 pacientes com covid-19 que haviam perdido o paladar e o olfato por até um ano. Dos participantes do estudo, 51 também foram submetidos a testes objetivos para verificar sua capacidade de sentir cheiros a cada intervalo de quatro meses. “Aos oito meses, a avaliação olfativa objetiva confirmou a recuperação total em 49 dos 51 pacientes (96,1%),” escreveu a Dra. Marion Renaud, uma otorrinolaringologista dos Hospitais Universitários de Estrasburgo, na França, no estudo, junto a colegas. Dos dois pacientes que não se recuperaram totalmente, um era capaz de sentir odores, mas de forma anormal, enquanto o outro não havia recuperado essa capacidade.
Uma descoberta curiosa foi que muitas das pessoas que haviam recuperado a função olfativa continuaram a acreditar que seu paladar e olfato estavam reduzidos. Dos 49 que foram testados como totalmente recuperados, apenas 23 disseram que sentiram que o olfato havia retornado totalmente. “Isso destaca a importância da aplicação de ambos os métodos para avaliação do distúrbio olfativo pós-viral”, escreveram os pesquisadores.
De forma geral, com base nos resultados, os cientistas concluíram que a anosmia persistente relacionada à covid-19 tem prognóstico excelente, geralmente com recuperação completa em até um ano, mas acreditam que em certos casos possa haver um adicional de 10% nesse prazo —ou seja, algumas pessoas vão levar um ano e pouco mais de um mês para se recuperarem.
O sintoma incomum de perda do olfato foi descoberto no início da pandemia. Estudos descobriram que a perda de cheiro pode ocorrer em 40% a 68% dos casos de Covid-19, na maioria das vezes aparecendo em casos leves a moderados, e atinge mais mulheres do que homens. A capacidade de detectar sabores doces e amargos é particularmente prejudicada em pacientes com covid-19 quando comparada à deficiência em pacientes com resfriado comum.
“É particularmente interessante que a Covid-19 parece afetar particularmente os receptores de sabor doce e amargo, porque eles são conhecidos por desempenhar um papel importante na imunidade inata”, disse o autor do estudo Carl Philpott, professor de rinologia e olfatologia da Universidade de East Anglia Norwich Medical School, em um comunicado à imprensa na época.
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