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Coqueluche: 6 coisas que você precisa saber sobre a doença se estiver grávida

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Publicado em 17/09/2019, às 14h24 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h22 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo


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Você sabia que existem vacinasque são especialmente recomendadas para as gestantes?1,6 Algumas mães, por medo ou falta de informação, desconhecem a importância de colocar a caderneta de vacinação em dia durante a gestação.2

Uma dessas vacinas é a que previne contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa)3. A coqueluche é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que compromete o aparelho respiratório humano. A doença é transmitida facilmente de pessoa para pessoa, e os bebês de até seis meses de idade, que ainda não completaram o esquema primário de vacinação com DTP (difteria, tétano e coqueluche), são mais suscetíveis à doença.4-6

“A gestação é um momento muito especial e as mulheres têm medo de fazer algo errado que possa prejudicar o bebê de alguma forma. Muitas mães têm medo de se vacinar e acham que não precisam enquanto estão grávidas. Mas a imunização materna é um ato de proteção para o bebê, que ainda não tem anticorpossuficientes para se proteger sozinho. A vacinação protege a mãe, mas principalmente o bebê, transferindo uma forma de defesa ao recém-nascido”, explica a pediatra Bárbara Furtado (CRM-RJ: 72109-3), mãe de Henrique e Rafael, gerente médica de vacinas da GSK.

Reunimos seis informações importantes sobre a coqueluche que podem ajudar a proteger as gestantes e os bebês:

1. O que é a coqueluche?

“É uma doença infecciosa, respiratória e altamente contagiosa, causada por uma bactéria, chamada Bordetella pertussis, que pode ser transmitida de pessoa para pessoa. A bactéria causa uma inflamação no sistema respiratório, que pode provocar os principais sintomas, como a tosse, que é a principal característica da coqueluche”, explica Dra. Bárbara Furtado.

2. Por que a grávida deve se vacinar?

Algumas doenças podem acometer as mães e os bebês durante a gestação, período em que estão suscetíveis à infecções. O Ministério da Saúde disponibiliza quatro vacinas para gestantes: dTpa (difteria, tétano e coqueluche); dT (difteria e tétano); hepatite B; e influenza (contra gripe). As vacinas recomendadas para gestantes são seguras e indicadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).3,5-7

3. As mães podem transmitir coqueluche para seus bebês?

As mães são a fonte de infecção mais comum da coqueluche em lactentes, sendo responsáveis pela transmissão, em aproximadamente, 39% dos casos.8,9 “Mas qualquer pessoa que seja próxima do bebê, como irmãos, pais, avós ou babás, podem estar transmitindo a coqueluche”, explica Bárbara. Isso porque a coqueluche é uma doença respiratória transmitida através de gotículas eliminadas ao tossir, espirrar ou falar. A vacinação é uma das principais formas de prevenção da coqueluche para a mãe e o bebê.4,10

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4. Quais são os sintomas da coqueluche?

Os sintomas gerais da doença costumam ser caracterizados por uma tosse forte e contínua, seguida por uma inspiração profunda de ar, que provoca um som agudo parecido com um guincho. Os bebês também podem se sentir angustiados e ficarem azulados (cianose) pela dificuldade de respirar.Os primeiros sintomas podem durar de 1 a 2 semanas e, geralmente, incluem coriza, febre baixa, tosse leve e ocasional e apneia (em bebês). Além disso, a coqueluche, em seus estágios iniciais, pode ser confundida com um resfriado comum. Geralmente ela não é diagnosticada até que os sintomas mais severos apareçam. 11,12,16

5. Quais as possíveis complicações da coqueluche?

As complicações da coqueluche podem incluir sinusite, pneumonia, otite média, perda de peso, incontinência urinária, fratura de costela e desmaio.15 Mais de 90% das crianças menores de 2 meses infectados pela coqueluche são hospitalizadas devido às complicações associadas à doença.13

6. A coqueluche pode levar à óbito?

A coqueluche é uma importante causa de mortalidade infantil. A maioria dos casos e óbitos se concentram em crianças menores de um ano de idade, especialmente nos primeiros seis meses de vida.4

7. Qual a principal forma de prevenção?

A vacinação é considerada uma forma efetiva na prevenção da doença.4,10 Segundo o Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), é recomendado para as gestantes, a partir da 20ª semana de cada gestação, uma dose da vacina dTpa (difteria, tétano e pertussis acelular). Além do PNI, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também recomendam a vacinação com dTpa a partir da 20ª semana de cada gravidez. 3,6,7 

Manter bons hábitos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, também podem ajudar na proteção contra a coqueluche. Consulte seu médico.14

Referências:

1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacinação gestante: sucesso de proteção para mãe e filho. 2018. Disponível em: <https://vacinasparagravidas.com.br/public/docs/guia-da-vacinacao.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2019.

2. MACDOUGALL, D.M. et al. Improving rates of maternal immunization: Challenges and opportunities. Human Vaccines & Immunotherapeutics, 12(4): 857-865, 2016.

3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm gestante: Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2018/2019 (atualizado até 28/04/2019). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2019.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico, 2015. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/08/2015-012—Coqueluche-08.12.15.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2019.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Gestantes de todo país devem atualizar caderneta de vacinação. 2018. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/42730-gestantes-de-todo-pais-devem-atualizar-caderneta-de-vacinacao>. Acesso em: 30 ago. 2019.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. 2019. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/jpg/2019/marco/22/Calendario-de-Vacinacao-2019-Atualizado-Site-22-03-19.jpg>. Acesso em: 21 ago. 2019

7. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Programa Vacinal para Mulheres. São Paulo: FEBRASGO, 2017. 170p.

8. WENDELBOE, A. M. et al. Transmission of bordetella pertussis to young infants. The Pediatric Infectious Disease Journal, 26 (4): 293-299, 2007.

9. WILEY, KE. et al. Sources of pertussis infection in young infants: A review of key evidence informing targeting of the cocoon strategy. Vaccine,31(4): 618-25, 2013.

10. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Pertussis. 2018. Disponível em: <http://www.who.int/immunization/diseases/pertussis/en/>. Acesso em: 30 ago. 2019.

11. CENTERS FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL. Pertussis (Whooping Cough) Questions and Answers. Disponível em: <http://www.immunize.org/catg.d/p4212.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2019.

12. NATIONAL HEALTH SERVICE. Whooping cough. 2019. Disponível em: <https://www.nhs.uk/conditions/whooping-cough/>. Acesso em: 30 ago. 2019.

13. HONG, J. et al. Update on pertussis and pertussis immunization. Korean Journal of Pediatrics, 53(5): 629-633, 2010.

14. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Pertussis (Whooping cough). Prevention. 2017. Disponível em: <https://www.cdc.gov/pertussis/about/prevention/index.html>. Acesso em: 30 ago. 2019.

15. DE SERRES, G. et al. Morbidity of pertussis in adolescents and adults. The Journal of Infectious Diseases, 182(1): 174-9, 2000.

16. CENTERS FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL. Pertussis (Whooping Cough). Signs and Symptoms. 2017. Disponível em: <http://www.immunize.org/catg.d/p4212.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2019.

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico

NP-BR-BOO-WCNT-190005 – SETEMBRO/2019

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