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Previdência infantil: tudo o que você precisa saber sobre dinheiro para o futuro do seu filho

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Publicado em 04/01/2020, às 05h55 por Marina Paschoal, filha de Selma e Antonio Jorge


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A gente sempre deseja e imagina o melhor dos mundos para o futuro dos nossos filhos. Seja na educação, na qualidade de vida ou mesmo no lazer. E para realizar tudo isso com tranquilidade, o planejamento faz toda diferença, e mais: poupar e investir dinheiro são a chave do negócio. Mas calma. Para isso não é preciso ter milhões, não. O segredo do sucesso está no planejamento, na organizaçãoe na determinação para manter a disciplina.

A quantia que você guarda e investe hoje, daqui vinte anos pode garantir a faculdade, o intercâmbio, o primeiro carro ou até o pontapé inicial para que seu filho tenha o próprio lar ou negócio. Animou? Então fica a fica: o primeiro passo é conhecer os tipos de investimentos que existem, quais seu banco oferece e qual deles cabe no seu bolso e melhor se encaixa com o seu perfil e meta. Aliás, ter em mente qual é o objetivo de vocês lá na frente é o passo número dois – e vamos te ajudar a entender todos os outros.

E sabe aquele papo de que o brasileiro deixa tudo para a última hora? Pois bem, quando o assunto é o futuro das crianças, a história tem mudado um pouco e pais e mães têm começado essa organização financeira cada vez mais cedo, quando os filhos ainda são bebês. “Um exemplo disso é que cerca de 15% da carteira de previdênciada Porto Seguro já é feita para crianças, e quase metade têm até três anos de idade – o que indica que essa preocupação surge cada vez mais cedo nos lares brasileiros”, exemplifica Fernanda Pasquarelli, diretora de Vida, Previdência e Investimentos da Porto Seguro, e mãe de Laura e Lorenzo.

Cabe no bolso

Há alguns anos era mais comum guardar dinheiro numa poupança, mas, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (a FenaPrevi), a onda da vez realmente são as previdências privadas. “Elas são bastante flexíveis e permitem a escolha do valor e da periodicidade da contribuição – que não necessariamente tem aportes mensais”, explica Marcelo Rosseti, superintendente executivo da Bradesco Vida e Previdência, e pai de Rebeca e Monique. E a gente sabe que encaixar uma “conta” a mais no orçamento da família não é fácil, mas pesquisando direitinho, com certeza você vai encontrar algum investimento que faça sentido com a dinâmica e contas do seu lar. Mas, como bem lembrado por Marcelo, o valor deve ser o máximo possível para assegurar tranquilidade no futuro, mas sem afetar às demais despesas de curto e médio prazos da família.

“É legal lembrar que o importante é começar a investir o mais cedo possível e em todos os meses, não importando a quantia. E antes de começar, é legal fazer as contas para ver qual o valor que cabe no orçamento familiar e considerá-lo como uma conta recorrente”, indica Rogério Januário Calabria, superindentende de produtos do Itaú Unibanco, e pai de Graziela e Rafaela.

A disciplina é outro fator determinante para o sucesso do investimento. Ou seja, na prática é importante seguir à risca a contribuição mensal – seja um valor fixo ou não. Para não esquecer e criar aquele vínculo afetivo com esse compromisso, a dica de Fernanda, da Porto Seguro, é realizar, todos os meses, a contribuição no dia do aniversáriodo seu filho.“Por ser uma data que os pais não esquecem, sempre dá certo!”, ela comemora. “Esse pequeno mecanismo faz uma baita diferença, pois estimula a disciplina e transforma pequenas quantias em grandes projetos”, completa Ângela Assis, diretora comercial e marketing da Brasilprev, e filha de Rosa Lia e José.

Filho de peixe, peixinho é

E se você acha que o planejamento financeiro do futuro do seu filho termina quando ele resgata o valor e conquista o projeto que vocês planejaram, está muito enganado. Como diz o ditado, filho de peixe, peixinho é. Ou seja, ensinar ao seu filho como lidar com o dinheiroo mais cedo possível, ajuda a construir um adulto que fará melhores escolhas financeiras e que entende quando priorizar o dinheiro e que coisas mais caras demandam mais planejamento e tempo de espera. “Isso permite aos pais mostrarem na prática e conversarem sobre como a disciplina e a reserva financeira são relevantes e permite a realização de projetos como viagens, aquisições, ou intercâmbios, por exemplo”, explica Victor Bernardes, superintendente de previdência do Santander.

De olho no cardápio

Antes de qualquer coisa, é imprescindível que você entenda os modelos de planos que existem no mercado. Os mais comuns são VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Segundo dados da BrasilPrev, mais da metade dos planos do BrasilPrev Júnior são da modalidade VGBL, que é ideal para quem é isento do pagamento do IR ou faz pelo modelo simplificado – ele incide apenas sobre os rendimentos, no resgate. Já o modelo PGBL, é indicado para quem faz a declaração de imposto de renda no modelo completo e contribui para o INSS ou regimes próprios de previdência. Nesse caso, é possível deduzir as contribuições ao plano de base de cálculo do IR até o limite de 12% da renda anual tributável. No resgate, o IR incide sobre o valor total a ser resgatado ou recebido.

Quem não arrisca…

Agora que você entendeu quais são os primeiros passos para iniciar a previdência privada do seu filho, vamos ao papo reto. Apesar de ser intuitivo partir para investimentos de baixo risco, todos os nossos entrevistados para essa matéria disseram que essa não é uma regra. A indicação é que você consulte seu banco e encontre a melhor opção levando em conta o perfil e orçamento da sua família, mas fica a dica. “A minha recomendação é que o dinheiro seja investido em fundos de maior risco no início do plano, pois haverá tempo para recuperar eventuais perdas; e de menor risco no final, quando é importante manter os ganhos em rendimentos obtidos ao longo do tempo”, sugere Fernanda, da Porto Seguro.

Na prática, a ideia é guardar dinheiro para as realizações do futuro do seu filho, mas também fazê-lo render, para que lá na frente a quantia seja ainda maior que o que foi poupado. “O importante é investir pensando no longo prazo e combinar o resgate do investimento com os objetivos da criança”, finaliza Rogério, do Itaú.

Pontapé inicial

Aqui estão as principais dicas para você começar a previdência do seu filho.

1. Conhecer os planos que o seu banco oferece
2. Ter um objetivo ou plano traçado para o futuro desse dinheiro (e do seu filho!)
3. Coloque a contribuição mensal em débito automático ou no dia do aniversário do seu filho, assim não tem como esquecer
4. Opte por investimentos mais arriscados no início e menor risco no final
5. Sirva de exemplo para o seu filho quando o assunto for educação financeira

O que tem por aí

Veja algumas opções de planos disponíveis no mercado.

  • Brasilprev Júnior a partir de R$ 100
  • Itaú a partir de R$ 100
  • Prevjovem Bradesco a partir de R$ 50
  • Porto Seguro a partir de R$ 100
  • Primeiros Passos Santander a partir de R$ 30

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