Criança

Preconceito na escola: professora pede para mãe dar “um jeito no cabelo” da filha

Caso de racismo em escola de São Paulo - Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

Publicado em 07/09/2018, às 16h01 por Gabrielle Molento, Filha de Claudia e Pedro


Janaína Oliveira, de 32 anos, é cuidadora e mãe de uma menina de apenas 4 anos. Um dia, a mãe foi buscar a filha na escola e foi chamada pela professora que fez à ela um pedido. “Ela me chamou de canto e perguntou se tinha como eu dar um jeito no cabelo da minha filha porque as crianças não estavam se adaptando a ela e estão xingando ela na sala de aula”, contou ao portal de notícias R7.

A mãe rebateu e disse que não iria modificar o cabelo da filha, muito menos alisá-lo. A professora então pediu se não havia como a mãe prender ou fazer uma trança no cabelo da criança. Janaína não concordou – a filha gosta de usar o cabelo solto e tem o couro cabeludo sensível, dizendo que machuca a cabeça dela toda vez que a mãe prende os cachos.

De acordo com Janaína, a professora teria dito também que ela própria alisava o cabelo. “Respondi que eu também aliso, mas não alisaria o cabelo da minha filha sendo que ela tem só 4 anos”, disse a mãe ao jornal. O episódio ocorreu na Escola Municipal de Educação Infantil Estrada Turística Do Jaraguá, na zona oeste de São Paulo.

Dois dias depois a cuidadora disse que procurou a diretora para pedir uma explicação sobre a conduta da professora e a escola pediu uma semana de espera para que pudesse resolver a situação. Nesse período, fizeram uma reunião com a diretoria, os professores e a professora.

 A escola então realizou uma reunião de mediação de conflito para ouvir a família e a professora. “Me informaram que ela seria encaminhada para fazer um teste psiquiátrico para verificar se poderia continuar dando aulas”, disse a mãe. “Perguntaram se eu queria trocar minha filha de horário ou de sala, mas achei que não seria bom para ela”, afirmou.
Ainda de acordo com a cuidadora, a professora teria dito que a menina reclamava que os colegas a chamavam de feia. “Em casa, minha filha reclamava que ninguém brincava com ela.  Repete isso desde o começo do ano e chora antes de ir para a escola. Com certeza tem alguma relação com o preconceito”, concluiu Janaína.

Por meio de nota oficial, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que a DRE Pirituba (Diretoria Regional de Educação) lamenta o ocorrido em 22 de agosto e informa que abriu procedimento disciplinar contra a professora envolvida. Confira:

“Em reunião feita nesta segunda-feira (3), pela Comissão de Mediação de Conflitos, a DRE acolheu a família e prestou todos os esclarecimentos. Além disso, está realizando ações pedagógicas com os alunos da sala em que a criança estuda, onde estão sendo abordados temas como o respeito à diversidade. Os pais já informaram à direção escolar que não querem que a criança seja trocada de sala ou período para que não haja prejuízo pedagógico.”

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