Publicado em 11/02/2023, às 09h50 - Atualizado às 09h52 por Marina Teodoro, Editora de digital | Filha de Ana Paula e Gilberto
“Quando eu crescer eu quero ser cientista!”. Você já ouviu essa frase da sua filha? Não? Talvez ela nunca tenha dito isso porque quando ela pensa em um cientista, só venha à cabeça aquela imagem de um homem, mais velho, branco, de cabelos bagunçados, óculos e jaleco. Mas a realidade não é bem assim.
Cientistas também podem ser mulheres, negras, jovens, periféricas e brasileiras! Para reforçar isso, neste sábado, 11 de fevereiro, em que é comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, separamos histórias de mulheres incríveis, que superaram tabus e que fazem a ciência acontecer para inspirar sua filha (e você!) de que ela também pode ser uma cientista, se ela quiser.
Filha de uma enfermeira e de um engenheiro civil, a biomédica Jaqueline Góes de Jesus, de Salvador, na Bahia, ficou conhecida por fazer parte da equipe responsável pelo sequenciamento genético do coronavírus na América Latina apenas 48 horas depois da confirmação do primeiro caso no Brasil – enquanto no resto do mundo esse trabalho estava sendo feito em 15 dias, em média. Jaqueline foi tão prestigiada que virou Barbie, como uma homenagem da fabricante de brinquedos Mattel.
Não são apenas mulheres adultas que se destacam na ciência: com 8 anos Nicole Oliveira já brincava de caçar asteroides – e nessas brincadeiras conseguiu detectar sete asteroides no espaço. Ela, que é de Alagoas, em Maceió, já foi medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e faz parte do Programa Caça Asteroides, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações em parceria com a Nasa, além de ser a associada mais nova do Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas.
Com pais de origem sudanesa, a brasileira Nadia Ayad conseguiu desenvolver um sistema que transforma água do mar em água potável. Aos 23 anos, em 2016, a cientista formada em engenharia de materiais pelo Instituto Militar de Engenharia ficou em primeiro lugar no desavio de Sandvik pela descoberta e sua aplicação pode levar água a regiões áridas e semiáridas no mundo todo.
Nascida em Curitiba, no Paraná, Enedina Alves Marques era filha de uma lavadeira e mãe solo, e conseguiu se tornar em 1945 a primeira engenheira negra a se formar no Brasil. Entre seus feitos, está a construção da Usina Capivari-Cachoeira e atuação no Plano Hidrelétrico do Paraná, com aproveitamento das águas dos rios Capivari, Cachoeira e Iguaçu.
Conhecida como a Primeira Dama da Botânica no Brasil, Graziela Maciel Barroso foi a maior taxonomista de plantas do país. Aos 30 anos, em 1942, sendo dona de casa e cuidando dos filhos, ela decidiu voltar a estudar e aprendeu botânica. Ela e o marido fizeram história por suas vidas acadêmicas e descobertas de plantas em todo o país. Mesmo após a morte do companheiro, Graziela continuou atuando na área como professora e escritora, sendo referência até hoje.
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