Publicado em 20/06/2021, às 04h56 por Thiago Queiroz
Querido pai, eu gostaria de iniciar nossa conversa com algumas perguntas: você tinha bonecas quando criança? Brincava de casinha, ou fazia comidinha de mentira para os seus chás da tarde? É bem provável que a sua resposta seja um sonoro “não”. Talvez, até um “não” com um sorriso no canto da boca, como quem diria “que absurdo, é claro que não, por que eu brincaria disso?”.
A maioria de nós, pais, crescemos com outras brincadeiras, que normalmente desenvolviam habilidades nos campos da matemática, ciências, esportes e guerra. Isso diz muito sobre o pai que você e eu somos hoje, porque cuidar de filhos não é algo que já vem escrito em nossos DNAs – a não ser as partes mais básicas do cuidado humano que podem ser instintivas. Porém, criar um filho é muito mais do que isso, porque envolve o cuidar.
Por mais que todos digam que as mães nasceram com a habilidade excepcional de cuidar de seus filhos, eu preciso discordar dessa visão porque meninos e meninas são socializados de formas diferentes. Portanto, enquanto meninos estão brincando de guerra, meninas estão brincando de casinha, e é justamente no brincar que mais se aprende quando criança, que mais se experimenta as diversas possibilidades da vida.
As mães são aparentemente tão boas em criar filhos porque elas são treinadas dessa forma desde os primeiros anos de vida. E por mais que isso possa soar romântico, também é uma prisão. Pense comigo: e se você brincasse de trocar fraldas das suas bonecas quando criança, de fazer comidinhas e chás, será que não seria mais “intuitivo” para você a paternidade?
Por isso, ser pai (e apenas pai, sem nenhum adjetivo descolado) é um esforço diário e ativo de aprendizado e cuidado. É entender que cuidar é, de fato, um trabalho. Trabalho trabalhoso, eu diria. Ser pai é constantemente pensar se o bebê está com frio ou calor, se está na hora de lanchar, se a fralda precisa ser trocada, se as roupinhas estão ficando apertadas, e mais uma infinidade de percepções que requer apenas uma coisa: presença.
“Ah, mas eu já faço isso! Quando a mãe pede, faço na hora!”. E se ela parar de pedir? E se ela nunca mais pedir? As fraldas ainda seriam trocadas? Pensar e decidir sobre todas essas questões é uma carga invisível enorme e, não é porque você não consegue enxergá-la que ela não existe e que não seja pesada.
Nós podemos não ter aprendido sobre as belezas do cuidar quando éramos crianças, mas a chegada de um filho nos presenteia com uma nova oportunidade de aprendermos, com urgência, a exercer plenamente a nossa paternidade. Arregace as mangas, você é pai.
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