Publicado em 09/01/2022, às 13h39 por Thiago Queiroz
É raro encontrar um relacionamento em que a chegada de filhos não cause nenhuma perturbação. Em alguns casos, os filhos trazem pequenas turbulências que são facilmente contornadas, mas em outros, a chegada dos filhos traz consigo um verdadeiro tsunami no relacionamento dos pais. O meu caso foi mais para o segundo exemplo do que o primeiro. E o seu aí?
Desde o nascimento do Dante, e com a chegada de cada novo filho, nós sofremos transformações individuais intensas. A Anne que eu conheci há dez anos não era a mesma Anne depois de parir o Dante, Gael, Maya, ou Cora. O mesmo se aplica a mim também, que fui mudando drasticamente. Fico aqui pensando que o maior engano das pessoas é a expectativa de que as pessoas serão exatamente as mesmas por toda a vida, e essa é uma das expectativas mais bestas que se pode criar.
Eu, enquanto marido e pai, precisei entender que eu precisava fazer a minha parte e ser a escuta ativa da relação. Eu precisava correr atrás e entender o que eu queria ser enquanto pai, enquanto parceiro.
Foi então, há anos, que eu conheci a comunicação não-violenta e eu sempre digo com toda certeza: a Comunicação Não-Violenta salvou o meu casamento algumas vezes. Com ela, pude entender que, mesmo por trás de uma fala mais ríspida, há uma necessidade não atendida. Consequentemente, se eu quero o bem-estar de uma pessoa que eu amo, no caso a Anne, eu preciso me esforçar para entender como eu posso contribuir para o seu bem-estar.
Hoje, eu tenho certeza que a palavra que melhor define tudo isso é parceria. Sim, porque quando se divide a vida com alguém, é impossível não pensar em parceria de vida. Mas e quanto ao papo de que os casamentos podem “sobreviver” ou não aos filhos? Existe mesmo uma regra para isso? Algumas pessoas, inclusive, já me pediram dicas para que os seus casamentos “sobrevivessem” à chegada dos filhos, mas cuidado: nossos filhos não são responsáveis pelo sucesso ou fracasso dos nossos relacionamentos, não devemos colocar esse peso nas costas deles.
O que acontece, por vezes, é que a chegada dos filhos traz consigo a exaustão, a solidão e muitas transformações em nós mesmos. Isso faz com que, por exemplo, pequenos problemas com o relacionamento que nós fingíamos que não incomodavam tornem-se grandes demais para continuarmos fingindo. Para lidar com tudo isso, precisamos de muitos diálogos honestos, muita empatia e acolhimento. Até hoje, continuamos tendo essas conversas, continuamos a nos reconhecer novamente. E continuamos a nos perguntar se tudo ainda faz sentido. E continua fazendo sentido.
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