Publicado em 23/11/2020, às 14h19 por Mel Albuquerque
Ele percebe a porta da brinquedoteca aberta e corre. Meu filho de 1 ano recém feito não dá bobeira com brechas de portas. Mas no caso da brinquedoteca, não é para fazer bagunça, nem pegar os carrinhos do irmão. Ele vai direto no controle do videogame. Mesmo que os irmãos não estejam em casa, ele fica lá: quarto apagado e TV desligada, segurando o controle do videogame e olhando para a TV, talvez esperando que algo aconteça ou simplesmente curtindo a paz de não ter concorrência nem alguém o tirando dali. Feliz.
Talvez se fosse outra mãe ficaria absolutamente horrorizada com essa cena. Meu Deus, tão novo e já ligado em eletrônicos. As tais telas “malditas”. E nem é mais para assistir Galinha Pintadinha. Já pulou de fase direto para o FIFA, o jogo do futebol que meu filho mais velho e o pai amam. A nova geração já nasceu em meio à tecnologia. Não temos como evitar nem ignorar. É um fato e contra fatos os argumentos se esvaziam. Resta aceitar e ajustar. Ensinar a usar adequadamente e com segurança.
Eu faço parte da geração de pais criados no início da era Nintendo. Peguei o começo da internet e me lembro claramente dos primeiros e-mails e sites de busca. A gente nem sabia direito o que fazer, a não ser entrar em salas de bate-papo e tentar contato por e-mail. Ao mesmo tempo, sou de uma leva que nasceu com a televisão já estabelecida em meio à rotina familiar. E eu adoro. Não há a menor possibilidade de banir telas da minha casa. Me julguem.
Muitos embates em relação ao uso da tecnologia acontecem pelo nosso conceito distorcido e ilusório do que seria a infância perfeita para a criança atual. Como diz Jordan Shapiro em seu livro e TED talk sobre parentalidade moderna e como a tecnologia salvou a relação dele com os filhos: “A sua infância não foi perfeita. Essa perfeição do seu imaginário é a nostalgia falando mais alto”. Tapa na cara, né. Pense nisso.
Realmente não sabemos quais consequências dessa era tecnológica a longo prazo, mas hoje esta forma de pensar sobre as tecnologias é, na minha opinião, prejudicial para as crianças e negar as telas veementemente só vai trazer mais distanciamento entre pais e filhos. Mas como achar o equilíbrio entre o uso saudável das telas e a brincadeira ao ar livre? Bom, estou buscando esse caminho do meio também. É uma jornada.
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Cada família tem a sua verdade, o seu caminho único e sabe suas prioridades. Mas já pensaram em “abraçar o capeta” e sentar junto com seus filhos para assistir aquele canal irritante do YouTube que eles tanto adoram, fazer um Tik Tok junto ou jogar o joguinho que você tanto reclama e só de ouvir a musiquinha já dá arrepios? O outro lado da moeda é que esses são momentos perfeitos para a família se conectar. Achar um prazer juntos e tirar o proibido da jogada.
Pode ser um momento perfeito para te ajudar a conectar e entender os filhos de um jeito diferente até então – olha aí o fundamento do mindful parenting, (a parentalidade consciente) minha gente! Esse ajuste em você, pai ou mãe, pode abrir as portas para o universo paralelo para onde as crianças vão quando ligam as telas e te ajudar também. Descobrir os gostos dos seus filhos e o quê faz eles se sentirem tão bem com o que estão consumindo, pode ser revelador.
Sabe, as crianças não só crescem em tamanho rapidamente, mas também mudam demais internamente. Assim como de uma semana para a outra passavam a amar ou odiar brócolis ou feijão quando eram bebês, quando maiores eles continuam a evoluir, mudar em relação aos gostos e preferências deles.
Não dá para desperdiçar uma chance de ouro de descobrir o que se passa na cabecinha deles. Eu vejo dois caminhos ao te sugerir sentar e jogar junto: pode gerar conversa entre vocês ou simplesmente ficarem ali, quietos, mudos, e gerar no seu filho o sentimento que eles tanto buscam nos pais: aceitação, compreensão e conexão. Não há o que perder, não acha?
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