Publicado em 26/04/2021, às 08h25 por Mayra Gaiato
Uma das funções mais únicas do nosso cérebro é a capacidade de estar em constante transformação. Ele é capaz de moldar nossas redes neurais conforme as experiências que o indivíduo vivencia ao longo da vida. E, essa capacidade ímpar só é possível por causa da plasticidade cerebral, que tanto se estuda nas Neurociências!
O cérebro é capaz de se reestruturar, física e quimicamente, por meio de estímulos que criam ligações entre os neurônios. Nesse processo tanto se criam caminhos que antes não existiam, quanto são fortificadas as redes que nosso sistema nervoso entende como mais importantes.
No tratamento de sintomas prejudiciais decorrentes do autismo, identificamos possíveis áreas afetadas e fazemos a (re)habilitação, estimulando as áreas cognitivo-comportamentais relacionadas à linguagem, socialização e interesses restritos.
As mudanças das conexões do cérebro não acontecem somente durante a infância, passamos por essas transformações ao longo da vida inteira. No entanto, é apenas nos primeiros anos de vida que nossas ligações são feitas e refeitas com tamanha intensidade e maleabilidade! Por isso, o tratamento precoce de atrasos dos marcadores de desenvolvimento, quando existem, é muito importante.
Além dessa capacidade enorme do cérebro das crianças de se moldar, a forma com que os caminhos neuronais se formarem nesse período vão determinar a potência das atividades cerebrais até depois da vida adulta! Ou seja, é MUITO importante ampliar ao máximo o repertório de bebês e crianças. É nesse período que todo futuro se determinará.
Por isso, enriquecer o ambiente dos pequenos com atividades motivadoras, que proporcionem exploração, descobertas e muitos estímulos sensoriais e sociais, é a melhor forma de incentivar o desenvolvimento, sempre pensando em buscar o que a criança ainda não realiza.
As conexões entre os neurônios vão se formando de acordo com o que “alimentamos” esses cérebros. E, num momento tão incomum e apressado da nossa vida, fica o questionamento: o que estamos proporcionando para nossos pequenos?
As intervenções comportamentais que se baseiam em ideias naturalistas, em que a criança dá a liderança, faz o que gosta e aprende se divertindo, são as indicadas pela literatura científica com melhores resultados de eficácia no tratamento do TEA! Já que na primeira infância os neurônios se moldam de maneira muito mais fácil, é super importante que os pequenos realmente possam explorar o mundo e aprender com os estímulos.
Quanto mais informações boas a criança receber de suas experiências, melhor será seu conhecimento, memória e aprendizado ao longo da vida. Os neurônios estão ansiosos por criar mais redes, esperando pelo momento de se adaptar e fortalecer, então, vamos ajudar nisso! Tudo que comentei se aplica também às crianças com desenvolvimento típico. Mas, quando pensamos nos pequenos que estão no espectro, essas informações sobre o desenvolvimento neural são ainda mais valiosas!
A plasticidade neuronal, essa capacidade do cérebro de estar em transformação extremamente ativa, é a chave para oferecermos terapias proveitosas e prazerosas para crianças com autismo. Isso reforça a importância do diagnóstico e tratamento precoces! Quando começamos as intervenções cedo, há mais possibilidades de aumentar o repertório dos pequenos e proporcionar autonomia para eles.
Estimular que aprendam novas habilidades é essencial para todos os bebês e crianças, independentemente de ter ou não um diagnóstico. Mas, especialmente quando alguns atrasos do desenvolvimento começam a ser perceptíveis, essa tarefa dos pais se torna fundamental. Pais que gostariam de aprender mais sobre Marcos do Desenvolvimento para entender se seus pequenos ainda estão no tempo médio de começar algumas práticas, tenho alguns vídeos no meu canal que podem te ajudar!
Então, não espere demais caso desconfie de déficits no crescimento do seu filhote! O quanto antes iniciam-se as intervenções adequadas maior é a chance da criança aprender novos repertórios e não acumular atrasos, que podem ser prejudiciais ao seu desenvolvimento, especialmente para as que estão no espectro do autismo.
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