Publicado em 06/04/2022, às 12h36 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
Com a vinda da pandemia da covid-19, começamos cada vez mais a olhar de forma atenta para nossa rede de saúde e a importância da infraestrutura dos hospitais. Dados divulgados na última terça-feira, 5 de abril, pela Sociedade Brasileira de Pediatria levantaram mais uma vez uma luz para o número de UTIs disponíveis no Brasil, dessa vez as neonatais, específicas para recém-nascidos.
Segundo números do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES), mantidos pelo Governo, o País sofre com um déficit de 3.305 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) específicos para o acolhimento de crianças que nasceram antes de 37 semanas e que apresentam quadros clínicos graves ou que necessitam de observação.
Esse número foi estimado com base no parâmetro ideal estabelecido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP): de quatro leitos para cada grupo de mil nascidos vivos. Hoje, de acordo com a CNES, existem 8.766 leitos do tipo em funcionamento no país. Para se ter uma ideia da proporção, esse número retrata cerca de 2,9 leitos para cada grupo de mil nascidos vivos. Quando falamos do Sistema Único de Saúde (SUS), a taxa cai para 1,5 leitos para cada mil, com 4.677 unidades disponíveis para essa rede.
Além da falta de leitos, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também acendeu um alerta para a desigualdade desse número entre os estados. De acordo com as informações publicadas, os estados que têm piores indicadores leitos/habitantes são Acre, Amapá, Amazonas e Roraima. No caso desses estados, a proporção é de 1,1 leito por mil recém-nascido, ou seja, cerca de um quarto do número necessário estimado. Nesse caso, foram considerados ambos os leitos da rede pública e privada.
As desigualdades não param por aí. Só o Sudeste concentra 4.668 (53%) do total de unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatal de todo o País: 47% das que estão no SUS e 61% do privado. Por outro lado, a região Norte tem a menor proporção, 483 (6%) de todos os leitos (6% públicos e 5% privados). E os números também preocupam dentro dos estados: mesmo nos lugares onde a quantidade de UTIs são maiores, os leitos aparecem com uma proporção muito maior nas capitais.
Hoje, no Brasil, nascem quase 40 prematuros por hora, ou 900 por dia, segundo informações do Ministério da Saúde. Outro dado que chamou atenção em relação à saúde desse público é a respeito a mortalidade dessas crianças. Nos estados onde o número de leitos de UTIs neonatal é menor, a ocorrência de mortes tem sido mais alta. “Isso reflete, além da inadequação do quantitativo de leitos, uma precariedade da rede de assistência, especialmente nos estados do Norte e Nordeste brasileiros”, lamenta a Dra. Luciana Rodrigues, presidente da SBP.
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