Publicado em 30/06/2020, às 08h40 - Atualizado às 09h45 por Redação Pais&Filhos
Ao escolher uma posição para dar de mamar, o mais importante é que você esteja confortável e que seu filho alcance o seio com facilidade. Basicamente, todo o sucesso da amamentação consiste em conselhos práticos e principalmente apoio psicológico – a família, o marido são fundamentais (mulher confiante tem maiores chances de amamentar com sucesso). Para isso, você pode:
Essa é a posição mais comum para amamentar. A mãe posiciona o bebê a sua frente, com a cabeça apoiada na junção braço-antebraço, e o rosto de frente para mama. A barriga do bebê fica próxima à barriga da mãe, e as mãos dela se apoiam nas nádegas da criança. Importante ressaltar que todo o corpo do bebê deverá estar voltado para mãe, não somente o rosto.
Atualmente a posição invertida é muito comum e muito utilizada ainda na maternidade, principalmente para mulheres que acabaram de se submeter à cesárea. Devido à sensibilidade no local da cirurgia, a equipe orienta e auxilia o posicionamento do bebê nesta posição para promover mais conforto, principalmente para mãe.
É necessário auxílio com almofada (ou travesseiro), onde a mãe possa permanecer na cama. O bebê é literalmente colocado de modo “invertido” (a cabeça é apoiada com uma das mãos, fica de frente para a mama, pernas ficam encaixadas na região axilar e todo o corpo do bebê fica apoiado sobre a almofada ou travesseiro), e a mão oposta fará o apoio da mama a ser oferecida. Pode ser utilizada também em casa, após a alta, e quando realizada na poltrona para amamentar, pode ser mais confortável. É bastante recomendada para amamentar gêmeos simultaneamente.
– deitar e colocar o bebê em posição paralela a seu corpo para amamentar à noite.
– segurar o bebê no colo em posição transversal, utilizando o braço do mesmo lado do seio em que ele mama.
– No caso de gêmeos, você pode usar qualquer combinação citada, se você desejar dar de mamar ao mesmo tempo
Vale a pena tentar posições diferentes para amamentar, já que ajuda a “esvaziar” várias regiões das mamas e evita a pressão e o atrito da boca do bebê sobre uma única região do mamilo/aréola. E, às vezes, pode haver um ducto de leite bloqueado, e colocar o bebê no peito, de modo que a língua do lactente esteja sobre este local, ajuda muito a drenagem, ou seja, o “desempredamento” deste local.
A posição incorreta pode causar rachaduras e fissuras no seio da mãe. Existem alguns sinais indicativos de que o bebê está sendo amamentado incorretamente: o corpo do bebê pode estar longe do corpo da mãe, o queixo não está próximo da mama, a boca do bebê parece fechada, visualiza-se boa parte da aréola, faz sucções muito rápidas, fica irritado ou choroso, pode ainda ouvir barulhos tipo estalidos ou beijinhos e dificilmente fica saciado.
Para a mãe, um dos principais sinais é a dor nos mamilos, que persiste do início ao fim da mamada. Neste caso, a avaliação de um profissional é fundamental para detectar o tipo de dificuldade (se é na pega do bebê ou no posicionamento, ou até em ambos) e corrigir a tempo. A amamentação deve ser um momento prazeroso, de troca, carinho e promoção de vínculo.
Consultoria: Marcus Renato de Carvalho, é pediatra, professor da UFRJ, e autor do livro “Amamentação – Bases Científicas”, Monica Pontin, é enfermeira do GAAM Anália Franco do Hospital Rede D’Or São Luiz, e mãe do Pedro
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