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O seu filho deveria ter contas em redes sociais? A gente te ajuda

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Publicado em 10/09/2016, às 10h53 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h30 por Redação Pais&Filhos


Quando a filha da Audrey Slater (vamos chamá-la de Katie) estava no terceiro ano, ela pegou o celular da mãe um dia e descobriu o Instagram. Foi amor à primeira vista. “Ela me implorou para poder ter sua própria conta”, conta Slater, que mora no Brooklyn, EUA.

Ela resistiu no começo, mas depois acabou cedendo e no ano passado, com 9 anos, Katie começou a postar selfies bobas, vídeos dela mesma plantando bananeira e fotos do cachorro. “É tudo apropriado para a idade, mas eu tenho que manter uma vigilância constante sobre ela”, afirma Audrey.

Mesmo com pouca idade, as crianças pedem por suas próprias contas no YouTube, Facebook, Instagram e até mesmo Snapchat. Antes de você dizer que sim, aqui vão algumas coisas a serem consideradas.

Decida se ele está pronto

Tecnicamente, não deveríamos nem mesmo estar tendo essa discussão. A maioria das redes sociais exige que o usuário tenha ao menos 13 anos de idade para poder fazer parte, com o consentimento dos pais, e pelo menos 18 anos para criar sua própria conta sem depender da permissão de outras pessoas. Ainda assim, muitas crianças burlam as regras usando o email dos pais e uma data de aniversario falsa, frequentemente sem permissão.

Deixando os assuntos legais de lado, existem preocupações relacionadas à maturidade. “Entre 7 e 11 anos, crianças ainda pensam muito concretamente e ainda não desenvolveram a habilidade de considerar situações hipotéticas”, explica Lisa Strohman, fundadora e diretora do Centro de Bem-Estar Tecnológico e coautora do livro Desconectar: Criando Crianças em um Mundo Viciado em Tecnologia (em tradução livre).

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“Então uma menina de 8 anos postando um vídeo sobre como fazer um penteado está apenas pensando ‘meu amigos verão isso e será ótimo!’ Ela não consegue pensar um passo adiante e ver quem mais poderá assistir ao vídeo e escrever comentários maldosos ou então repostar e usar isso para vender produtos para cabelos”, afirma a especialista.

Ainda assim, é difícil generalizar sobre a melhor idade para começar. “Algumas crianças podem estar preparadas para lidar com as redes sociais abaixo da idade legal dos 13 anos, mas é mais provável que não estejam”, acrescenta o conselheiro da revista americana Parents, Michael Rinch, diretor do Centro de Mídia e Saúde Infantil no Hospital Pediátrico de Boston, nos EUA. “Você é o melhor julgamento para seu filho. Pergunte a si mesmo: meu filho pode usar isso de forma saudável e que também respeite os outros?”.

Estabeleça regras básicas

Quando você decidir deixar que o seu filho entre pela primeira vez em uma rede social, faça como se você estivesse levando um novo nadador a uma piscina para adultos: entre junto no começo e mantenha os olhos nele enquanto ele encontra o caminho. Rich recomenda que você entre para a rede social também (se você ainda não estiver) e familiarize-se com as regras de segurança e usos potenciais antes de permitir que o seu filho mergulhe de cabeça.

Depois, garanta que você tenha acesso completo à conta do seu filho, de forma que você saiba o usuário e senha dele. “Eu não somente sigo Katie no Instagram, mas meu marido e minha irmã também o fazem”, diz Slater. “Eu também vejo a lista de seguidores dela de vez em quando para garantir que todos sejam pessoas que ela conhece na vida real”. (Se não são, Slater entra na conta da filha e os bloqueia).

Se o seu filho tem um canal no YouTube, você pode pedir a ele que deixe todos os vídeos “privados”, significando que só as pessoas que têm o link podem ver. Se os conteúdos forem “públicos”, lembre a ele que qualquer um pode assistir e postar comentários desagradáveis ou inapropriados. Outro recurso para aumentar a segurança é desligar a localização do celular: antes de você deixar o seu filho postar, vá às configurações do celular e desligue “serviços de localização”.

Também garanta que ele pode falar com você sobre qualquer coisa ruim ou estranha que acontecer – seja outra criança praticando cyberbulliyng ou alguém que ele não conhece entrando em contato para pedir informações pessoais. “Essa é uma conversa que você precisa ter antes de dar a permissão para que ele entre no site e você precisa fazer com que essa discussão esteja sempre ativa”, explica Balkam. Estabeleça as regras de uso desde o começo (quando e como ele pode usar e as punições específicas por quebrar as regras).

Pode ser difícil para o seu filho entender que tudo o que ele posta hoje pode afetar o futuro dele, como uma entrevista de emprego. Rich recomenda o uso da “regra da vó”: nunca poste algo que você não mostraria para a sua avó.


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