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Vínculo além do leite

Publicado em 07/08/2013, às 10h32 - Atualizado em 15/06/2015, às 13h38 por Redação Pais&Filhos


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Quando estamos grávidas, idealizamos a maternidade, principalmente o nascimento da minha filha. No entanto, nem tudo é como imaginamos, como cenas de filmes e novelas.

A Catarina nasceu de uma cesárea e foi o momento mais mágico da minha vida. Ela veio ao meu colo, mas não mamou.

A primeira mamada aconteceu depois de algumas horas do parto. Foi emocionante quando a enfermeira me entregou aquele serzinho pequenino. Ela encostou e já abriu a boquinha procurando o bico do peito. Como Deus é perfeito!

Ela queria tanto mamar, mas não conseguia pegar. Quando eu achava que estava conseguindo, ela dormia.  Não foi nada fácil, foram horas de tentativas, recebi ajuda das enfermeiras, da minha obstetra, que sempre me orientou desde a gestação, e do esposo que me apoiou.

Tentei, tentei, até ela conseguir pegar. Temos até um vídeo deste momento, foi simplesmente lindo, ela mamando, mamando.

No início foi muito difícil e dolorido. O bico rachou, quando o leite desceu a Catarina não dava conta, então, tinha que ordenhar. Às vezes chorava de dor ao amamentar, mas quando olhava naqueles olhinhos nos meus mamando, supria a dor sentida e me dava força para continuar a oferecer o leite.

Desejava tanto amamentar que nem passou pela cabeça o fato disto não acontecer, então, me doei por inteira na amamentação. Quando percebi, a amamentação passou a ser muito prazerosa, e neste momento eu me desligava do mundo e era uma entrega mútua maravilhosa.  É muito compensador olhar para a filhota e vê-la crescendo forte e saudável.

A frase que mais ouvi quando estava grávida era “sua vida nunca mais será a mesma”.  Disso não tenho nenhuma dúvida.  É uma mudança e tanto, mas com certeza compensadora.

No fim da minha licença-maternidade, iniciei a introdução da mamadeira, porém ela não aceitou, tomava no copinho.  Isso me trouxe muito insegurança em deixá-la em berçário: será que teriam paciência de alimentá-la com copinho?

Quando retornei ao trabalho, a minha chefe me deu a oportunidade de trazê-la para o escritório, assim conseguiria amamentá-la exclusivamente até o 6º mês.

Adaptamos a nossa sala com cercadinho, colchonete, caldeirinha de balanço, carrinho, tapete colorido, móbile e brinquedos.

O período de adaptação foi dificílimo, confesso que pensei em desistir, porque era muito cansativo trabalhar e cuidar da minha bebê.  Nos primeiros dias não conseguia fazer nem uma coisa nem outra e isso me deixava triste.

Muitas vezes me senti culpada por submetê-la ao meu ambiente de trabalho, com barulhos, com várias pessoas, um lugar totalmente diferente da nossa casa. Em tirá-la do berço quentinho para levá-la para o trabalho e por algumas vezes ter que trazê-la no ônibus.

Era compensador parar no expediente para amamentá-la, aqueles olhinhos no meu.

Com o passar das semanas, nos adaptamos à nova rotina. Troquei o toque do telefone por um mais suave, som ambiente.  Um netbook com vídeos da Galinha Pitadinha e da Palavra Cantada. Até um caldeirão eu trouxe para o refeitório. Literalmente o escritório se transformou na nossa segunda casa.

A experiência saiu melhor que esperava, consegui amamentá-la exclusivamente com o leite materno até o 6º mês.

Hoje ela tem 9 meses, come papinha, frutas, sucos e continua a mamar e agora já puxa a minha blusa quando quer mamar.

Conciliar a vida profissional e a maternidade é muito cansativo, porque trabalho, cuido da Catarina, cuido da casa, lavo, passo, cozinho. Afinal, tenho dupla jornada, mas é muito compensador por estar ao lado da filha, amamentá-la, acompanhar o desenvolvimento dela.

Eu amo amamentar, sei que em breve não será impossível trazê-la para o escritório, mas quero continuar amamentando pela manhã e noite. Amamentar, para mim, é vínculo enorme entre eu e Catarina, que vai além do leite, é amor!!!!


Palavras-chave
Culpa Não

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