Nesta quarta-feira, 25 de setembro, a Terra será atingida por uma tempestade geomagnética, um fenômeno natural que resulta da interação entre partículas solares e o campo magnético do nosso planeta. Este evento ocorre devido à ejeção de massa coronal (CME), que é uma explosão de plasma solar liberada pela atividade intensa do Sol.
O que é uma ejeção de massa coronal?
Uma ejeção de massa coronal é um fenômeno em que uma grande quantidade de plasma e campos magnéticos é expelida da atmosfera solar. Essas explosões podem liberar bilhões de toneladas de material solar e são frequentemente associadas a manchas solares, que são áreas mais frias e escuras na superfície do Sol. A mancha solar AR3835, que gerou a atual tempestade, era considerada estável antes da explosão, o que torna o evento ainda mais surpreendente.
Como as partículas solares afetam a Terra?
Quando uma CME ocorre, as partículas solares, que se movem a velocidades superiores a 1 milhão de quilômetros por hora, são liberadas no espaço. Se essas partículas forem direcionadas para a Terra, elas interagem com a magnetosfera, a camada de proteção magnética que envolve o nosso planeta. Essa interação pode causar uma série de efeitos, incluindo:
– Perturbações no Campo Magnético: As partículas energéticas podem provocar flutuações no campo magnético da Terra, levando a mudanças temporárias em seu comportamento.
– Interferências em Sistemas de Comunicação: A tempestade pode afetar sinais de rádio e sistemas de navegação, especialmente aqueles que dependem de satélites. Isso pode resultar em interrupções nas comunicações, principalmente em regiões mais ao norte.
– Geração de Auroras: Uma das consequências mais visíveis de uma tempestade geomagnética é a formação de auroras. Quando as partículas solares colidem com os gases na atmosfera terrestre, elas excitam essas moléculas, resultando em um espetáculo de luzes coloridas nos céus, conhecidas como auroras boreais e austrais.
Um fator que pode amplificar os efeitos das tempestades geomagnéticas é o equinócio. Durante esses períodos, o dia e a noite têm quase exatamente 12 horas de duração, e o eixo da Terra se alinha de maneira mais eficiente com a órbita solar. Essa configuração pode facilitar o acúmulo de energia, tornando as tempestades geomagnéticas mais intensas.
As tempestades geomagnéticas são classificadas em categorias, variando de G1 (menor) a G5 (extrema). A tempestade prevista para esta quarta-feira foi classificada como de impacto moderado (G2), o que indica que, embora haja potenciais efeitos, os riscos para infraestruturas e sistemas elétricos são limitados.
