Publicado em 24/06/2013, às 16h03 - Atualizado em 17/06/2015, às 09h31 por Redação Pais&Filhos
Alessandra Nunes mãe de Giovanna participa da campanha Culpa,Não! O tema do mês de Junho é “Não dou leite comum, dou fórmula” se você também quiser participar siga a nossa página no Facebook e mande um depoimento sobre o tema do mês para giovanna@revistapaisefilhos.uol.com.br .
Curti cada minuto a minha gravidez tão esperada, e o grande dia chegou, entrei em trabalho de parto, e como quase toda a mãe de 1a viagem, queria ter parto normal, amamentar, ser a super mãe. Meu parto foi normal como eu queria que fosse, minha filha nasceu linda e saudável, era tudo como eu queria. Mas minutos depois tive complicações e o momento tão mágico, começou a se transformar num período muito complicado.
Tive que passar uma semana internada e tinha que ficar deitada sem levantar a cabeça, com enxaquecas terríveis, tive cefaléia das anestesias, devido aos procedimentos. Não queiram saber o que é amamentar, sem poder se mexer e com dor, muita dor. Os primeiros três meses de amamentação, não são fáceis, dói, é complicado acertar a pega, você sempre acha que não tem quantidade suficiente de leite, o leite é fraco. Imagina tudo isso deitada, sem poder se mexer e todos a sua volta querendo que você dê mamadeira para sua filha e pronto.
Gente, tudo que eu queria era amamentar exclusivamente minha filha até os 6 meses, mas ver ela chorando mesmo depois de mamar, eu naquela situação, não tinha como, fui obrigada a me render ao complemento, mas insistia que dessem no copinho, pois senão ela não ia mais querer o meu peito. Quando eu vi meu marido e minha cunhada dando mamadeira para ela, quase tive um ataque, chorava, xingava, mas aí vi como ela ficou bem, ao contrário do copinho, que ela passava trabalho.
Foi aí que resolvi apenas pensar no bem dela, e, para minha surpresa, ela continuou pegando o meu peito da mesma forma, e foi assim, mamando leite materno e artificial até os 2 anos e 4 meses, quando resolvi desmamar. Em uma situação assim, que você percebe que tudo que falam que tem que ser assim, não é bem assim. Que, mais do que ouvir ‘regras’ ou o que especialistas dizem que é certo, a gente tem que ouvir o nosso coração de mãe.
Quando alguma mãe me diz que se sente culpada, porque não amamentou, eu sempre digo que não há motivo para culpas, a gente tenta ser a melhor mãe que pode ser e isso sim é ser uma mãe perfeita!
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