Publicado em 04/10/2013, às 16h13 - Atualizado em 19/06/2015, às 13h36 por Redação Pais&Filhos
O negócio é o seguinte: a criança que se nega a comer – mas que recebe uma fruta ou leite dali 3 horas – não vai morrer de fome. Pelo contrário, o organismo da criança dá conta de segurar e já se adaptou ao hábito de comer depois. Criança com fome come.
As dificuldades relatadas pelas mães participantes do nosso brunch do Culpa, não! desta sexta-feira, 4 de outubro, em grande parte dos casos estavam relacionadas à vontade e necessidade dos filhos de chamar ainda mais a atenção da mãe. “A criança percebe que a hora de comer pode ser um instrumento de poder. De chamar a atenção, ainda mais do que já recebem. Por isso, a gente deve ser uma ‘pedra fria’, uma paisagem, não transformando o momento de comer em um ritual de sacrifício, nem de alegria. Comer deve ser relacionado à alimentação, nutrição e apenas isso”, defendeu o médico pediatra e consultor da Pais & Filhos, Dr. Cláudio Len.
“Minha filha sempre foi o mínimo do mínimo. Ela sempre comeu muito menos do que deveria, e sempre foi abaixo do peso. Hoje, tem 2 anos e meio e pesa apenas 10 quilos. Estou muito preocupada, ficamos todos ansiosos”, contou Vanessa Fantozzi, mãe da Luísa. Em casos como o de Luísa, o pediatra recomenda a consulta de médicos especializados como endocrinologistas, gastroenterologista e nutrólogos. “Isso é bom para termos certeza de que a dificuldade em alimentação, magreza e altura da criança faz parte de sua condição genética ou se é devido à alimentação”, diz dr. Cláudio.
Apesar da dificuldade, o médico recomenda que os pais insistam na alimentação saudável, já que o corpo possui uma memória alimentar, e o hábito saudável na infância vai influenciar pelo resto da vida. Outra coisa importante para enfrentar as dificuldades de alimentação da criança é criar uma rotina de horários. “Coloque a mesa e pronto. Se comeu, comeu. Se não comeu, não comeu. Fique firme, você pode até ir chorar depois no banheiro, preocupado com seu filho. Mas é importante ter a rotina e ela aprender que se não comer aquela hora, não vai receber um lanchinho dali a pouco”, afirma.
Mais uma vez, a gente chegou à conclusão de que cada caso é um caso, mas… Muita coisa é compartilhada e conversar pode ser uma ótima forma de aprendizado e desabafo.
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