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Elas ainda sofrem preconceito

Imagem Elas ainda sofrem preconceito

Publicado em 11/10/2013, às 18h09 - Atualizado em 23/06/2015, às 12h01 por Redação Pais&Filhos


Em pleno século 21 ainda é difícil ser menina. O preconceito contra mulheres ainda representa um problema sério. Segundo a pesquisa “A Real Verdade sobre a Beleza”, realizada pelo projeto Dove Autoestima em 2010, com meninas do mundo todo, 60% delas evitam atividades por não estarem satisfeitas com a própria aparência: 23% deixam de ir à praia e 15% não vão à escola por esse mesmo motivo.

Meninas e meninos, tanto faz?

Problemas de falta de infra-estrutura atraem mais diretamente as meninas: a Unilever divulgou esta semana dados segundo os quais 450 mil crianças não têm acesso a saneamento básico: 2.204 escolas simplesmente não têm banheiro. “Quando as meninas começam a menstruar, não querem mais frequentar a escola”, disse Gary Stahl, representante do Unicef no Brasil durante evento de lançamento da campanha social Vim para UNICEF que tem o objetivo de ajudar a garantir acesso a água de qualidade e saneamento adequado às crianças e aos adolescentes em escolas de Educação Básica na região do semiárido, onde o problema é mais agudo..

Os problemas de autoestima impedem as garotas de ter voz ativa: 13% evitam expor a própria opinião. De acordo com Datasus (Banco de Dados do Sistema Único de Saúde), no Brasil são mais de 28 milhões de meninas entre 1 e 18 anos. A taxa de analfabetismo feminino chega a 9,1%. Dados da ONG britânica Plan International demonstram que quase 40% das meninas entre 6 e 14 anos não se consideram tão inteligentes quanto os meninos e 10% delas não se orgulham de serem meninas.

O preconceito, na maioria das vezes, começa dentro da própria casa, onde as garotas são responsáveis por tarefas domésticas que ocupam o tempo que teriam para estudar e brincar.  

A distribuição de tarefas domésticas ainda é diferente entre meninos e meninas: 81% das meninas têm de arrumar a própria cama diariamente e apenas 11% dos irmãos homens fazem a mesma tarefa. O pior é que as meninas arrumam a cama dos irmãos também.


“O estudo comprova que pelo simples fato de serem meninas elas continuam sendo tratadas como responsáveis pelas tarefas domésticas, o que tira delas parte importante da infância. As meninas precisam ter direito de brincar, estudar e não podem ser obrigadas a assumir tarefas em substituição aos adultos”, diz a Célia Bonilha, assessora de gênero da Plan International, mãe de Ligia e Katia.

Malala para Nobel

Muitos ficaram decepcionados porque não foi dessa vez que a estudante paquistanesa Malala Yousafzai, 16, ganhou o Nobel da Paz. Ela defende o direito de as meninas frequentarem a escola no Paquistão. Por causa disso, ela sofreu um atentado do grupo radical Taleban, que defende que as mulheres não deve estudar. Agora, mesmo longe de seu país 9ela vive na Inglaterra), ainda tem sofrido ataques no Facebook. A página “Odeio Malala” é usada por aqueles que não querem que ela volte ao país para atacá-la.

A biografia de Malala Yousafzai foi lançada mundialmente esta semana e já conquistou vários prêmios. O governo paquistanês condenou os ataques contra ela e forneceu 10 milhões de dólares para o fundo criado para ajudar as meninas a irem para a escola. Atualmente o foco é o ensino de 40 meninas no Vale do Swat, onde Malala vivia antes do ataque. No Paquistão existem muito mais escolas para meninos do que para meninas e mais de 5 milhões de garotas em idade escolar estão fora do sistema educacional.

A voz de Malala


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