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Contando as horas pra te ver

Publicado em 18/03/2014, às 11h35 - Atualizado em 24/06/2015, às 13h46 por Redação Pais&Filhos


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Eu, como qualquer mãe,  sofri com o fim da licença-maternidade. Fiquei insegura com a ideia de viver longe da minha pequena cria. A Catarina não pegou nenhum tipo de bico, tudo era oferecido no copo, para aumentar o meu desespero. 

O dilema era de voltar a trabalhar ou não, mas, como diz minha avó: “para tudo há um jeito”. Então, tive uma conversa franca com minha chefe, expliquei a possibilidade de não retornar e, para minha surpresa, ela permitiu que a levasse para o escritório.   

Adaptamos a sala com cercadinho, carrinho, brinquedos, cadeirão. Confesso que a minha produtividade caiu. Porém, fazia as coisas com mais qualidade. Quer motivação maior do que trabalhar ao lado de um filho, por mais trabalhoso que seja? 

Ficamos juntinhas do 4º ao 14º mês e amamentei exclusivamente até o 6º mês. Acompanhei os avanços: engatinhar, sentar, ficar em pé, andar.  Entre os funcionários, ela era paparicada e mimada. O aniversário de um aninho foi comemorado no escritório.

Esse período me preparou para a separação inevitável, que só de pensar já ficava com o coração partido. Pensei que sofreria horrores, mas Deus sempre coloca as pessoas certas nas nossas vidas.

Desta vez, ele colocou a Dona Regina, que cuida da filha de uma amiga desde o 4º mês, hoje com 6 anos e que permanece sob os cuidados dela. Foi simpática desde o início: ela, com aquele jeitinho meigo com criança, me trouxe segurança desde a adaptação.

No primeiro dia, chorei. Não sabia andar sem minha filha, sentia um vazio enorme. Ligava o tempo todo para saber como ela estava,  se comeu, se dormiu, se chorou.

Para minha surpresa, a Catarina se adaptou muito rápido e isso me trouxe alívio, tranquilidade, segurança. Após a primeira semana, ela já não chorava, pelo contrário: alguns dias, não queria nem ir embora. Ela fecha a porta e nos dá tchau, já chega dando os bracinho para Dona Regina, o que me deixa segura, porque sei o quanto ela está sendo bem cuidada.

Percebo que foi uma loucura traze-la para escritório durante 10 meses, mas fiz o melhor por nós e no final deu tudo certo, embora tenha sido muito trabalhoso, mas muito gratificante.

Hoje, aos cuidados da Dona Regina, a Catarina está ótima, se alimenta melhor, dorme a noite inteira, ficando cada vez mais independente.  É bem zelada, principalmente, é amada e isso não dinheiro no mundo que pague.

Às vezes bate a culpa, por ficar tanto tempo longe dela, conto as horas para chegar em casa, me desconecto do mundo e as atenções são todas dela: brincar, dar banho, mamada, ninar para dormir.

 E assim são os nossos dias, às vezes com culpa, outras não.


Palavras-chave
Culpa Não

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