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Caso Miguel: mãe conta qual era o maior sonho do filho em desabafo de partir o coração

Reprodução/G1 / TV Globo

Publicado em 08/06/2020, às 09h16 por Cinthia Jardim


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Mirtes Renata Souza abriu o coração sobre os sonhos do filho (Foto: Reprodução/G1 / TV Globo)

Miguel Otávio Santana da Silva, de apenas cinco anos, que morreu ao cair do 9º andar de um prédio no condomínio Píer Maurício de Nassau, em Recife, tinha um sonho. Como grande parte das crianças, o menino se apoiava em ídolos e tinha vontade de ser jogador de futebol, corredor ou policial.

A mãe, Mirtes Renata Santana e a avó, Marta Santana, falaram sobre os desejos de Miguel em entrevista à Uol com um relato emocionante. Ambas sempre quiseram dar a melhor condição possível de vida para o menino.

“Meu filho não podia ver um carro da polícia que chegava junto para cumprimentar os policiais. Ele gostava de estudar e sonhava ser policial, os olhos chegavam a brilhar ao falar”, recordou a mãe. Miguel participava do grupo Coiotes Corredores duas vezes por semana, e lá deu início aos treinos de corrida. Mirtes quase sempre acompanhou o filho durante as atividades.

Miguel morreu na terça-feria, 2 de junho, em Recife (Foto: reprodução / Instagram @cristinarosa.psicologia)

Anderson Amaral, fundador do grupo, lembrou dele com muito carinho: “Miguel era uma criança amorosa, ativa e apaixonada por esportes. Começou a aparecer corrida para crianças e, este ano, ele passou a ter mais atividades. Ele não podia ver um policial. No nosso grupo há membros que muitas vezes chegam fardados para se trocar porque acabaram de terminar o plantão. Ele corria para perto e ficava a admirar”.

Após receberem a notícia sobre a morte de Miguel, o Coiotes Corredores ficaram muito abalados com a situação: “O grupo está muito chocado. Tínhamos uma regra de participar duas ou três vezes por mês, crivávamos vínculos. Nos consideramos uma família e estamos dando todo suporte a Mirtes e à mãe dela”, concluiu Anderson.

Entenda o caso

Lourdes abriu o coração sobre a tragédia (Foto: reprodução / vídeo G1)

Miguel Otávio, de apenas cinco anos, morreu ao cair do 9º andar no Condomínio Píer Maurício de Nassau, em Recife, na última terça-feira, 2 de junho. O menino é filho da empregada doméstica, e a empregadora foi autuada por homicídio culposo.

André Amaral, o perito criminal responsável pelo caso, segundo informações do Catraca Livre, contou que os primeiros vestígios são de um acidente. “Fizemos o levantamento do local, constatamos alguns elementos materiais e verificamos que se trata de uma natureza da acidental“.

Nas câmeras de segurança, foi informado que a criança estava procurando pela mãe, Mirtes Renata, que estava passeando com os cachorros. “Por meio da oitiva da mãe, da análise mais apurada dos nossos investigadores e da ordem cronológica dos fatos, nós conseguimos observar uma sequência em que a moradora não consegue retirar a criança do elevador, aperta um andar superior a sua unidade e permite que a porta se feche. Quando o elevador para, no nono andar, a criança desembarca. Local de onde viria a cair fatalmente”, explicou Ramón Teixeira, que investiga o caso. O menino teria ido até o hall de máquinas, único local onde as janelas do prédio não eram protegidas por telas.

O menino apertou diversos botões dentro do elevador (Foto: reprodução / vídeo G1)

Lourdes Cristina, tia de Miguel, fez um desabafo ao G1 na última quarta-feira, 3 de junho, durante o velório do sobrinho: “O menino começou a chorar. Só que ela [a patroa] não ligou para chamar a mãe de volta, nem nada. Infelizmente, aconteceu o que aconteceu […] Estava a patroa e uma pessoa trabalhando, fazendo a unha dela”.

Miguel ainda chegou a ser socorrido pelo Hospital da Restauração, no bairro de Derby, mas infelizmente, acabou não resistindo. Lourdes explicou que enquanto Mirtes e a empregadora tentavam ajudar o menino, a moça que estava fazendo as unhas ficou no apartamento. “Uma criança de 5 anos, na verdade, é um bebê. Era um menino super saudável”, lamentou.

Nas câmeras de segurança, é possível ver Miguel sozinho dentro do elevador apertando os botões. Ainda não existem informações sobre como ele saiu do apartamento em que Mirtes trabalhava. “A gente não acredita em fatalidade, ninguém está aqui para julgar ou condenar. […] A justiça pode até ser falha, eu creio que Jesus vai sim ter justiça”, concluiu.

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