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Terceiro amor

Publicado em 12/09/2011, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


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Bruno Paes Manso, pai de Rosa, João e Anita, é jornalista.

Anita não foi planejada, foi fruto de um desejo inconsciente. Mas, afinal, pra que tanto planejamento?

Algumas taças de vinho extras, um namoro mais caliente, justamente nas semanas em que o anticoncepcional foi deixado de lado para balancear os hormônios. Paro? Não paro. Deixa rolar e seja o que Deus quiser. E a sorte havia sido lançada.

Hum-hum, o terceiro filho não foi uma decisão planejada. Mas uma aposta com o acaso, feita a partir de um desejo secreto que nenhum dos dois foi capaz de confessar ao outro ou a si mesmo. Uma vontade que só se revelou quando a notícia veio. Ao ler o resultado do exame, sentimos aquela clássica mistura de alegria e medo que eu espero que nos acompanhe a vida inteira. Esse frio na barriga é muito bom!

A gente queria, sim, mas não admitia, censurados por mil argumentos racionais. Estávamos numa fase em que a vida parecia trilhar um caminho mais plano, sem as subidas e descidas da etapa anterior. Na casa dos 40, dois filhos com 7 e 5 anos, cada vez menos dependentes, que cabiam dentro do orçamento doméstico. Por que voltar para as incertezas da fase inicial do jogo?

Os motivos são abstratos, difíceis de explicar em palavras. Algo como aplacar uma estranha saudade de alguém que a gente nem sequer conhece ou preencher o enorme vazio daquele espaço que nossos olhos enxergam como plenamente ocupado.

Porque no fundo a razão sempre pesa além da conta na hora da escolha, mais do que a intuição. E assim sobrevalorizamos coisas menos importantes. Se o orçamento é decisivo antes de optar pela terceira gravidez, depois que ela vem percebemos que havia um certo exagero nesse cálculo. Como? Três matrículas escolares, cinco pedidos em restaurantes, cursos de inglês, um carro maior, etc. Tudo isso vai custar caro. E se não der?

Bom, se faltar, assim como milhares de outras pessoas fazem, simplesmente nossos filhos vão viver suas histórias enfrentando alguns apertos, abrindo mão de certos confortos, estudando em escolas mais em conta (será mesmo que as escolas são tão caras pela qualidade do que ensinam?). Tudo tão irrelevante diante daquilo que podemos alcançar de graça na convivência familiar.

São esses os bens que não podem faltar. Da parte dos pais, amor e apoio para que os filhos sigam a vida que escolherem. Orientação e broncas quando for preciso. Paciência para tentar compreender, experiência, amor e bom senso para tentar indicar caminhos quando ajuda for solicitada.

Entusiasmo para compartilhar as coisas deliciosas da vida. As praias, os livros, as caminhadas, os filmes, as lindas músicas, as futuras paixões, que esperamos que nunca faltem. Assim como a amizade para os momentos difíceis: as injustiças cotidianas, o fora do namorado, as dúvidas sobre a vida a seguir, as perdas, tudo tão complicado, mas que esperamos ensinar que deve ser enfrentado, acima de tudo com coragem.

A Anita, nossa terceira filha, pois é, nos pregou uma surpresa. Graças a Deus. O que posso dizer a você? Se tiver dúvidas sobre o terceiro, siga a intuição ou jogue nas mãos do destino. Caso venha, mergulhe tranquilo na aventura, tente manter a paz de espírito, porque a vida é mais simples do que aquela que os outros nos tentam vender.


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