Publicado em 20/11/2011, às 22h00 por Redação Pais&Filhos
Criar brinquedos com material reutilizado estimula a criatividade e, claro, ajuda o meio ambiente
Por Maria Helena Bellini, filha de Antonio e Lála
Fotos Bruno Rondinelle e Bruno Honda Leite
No tempo da vovó, os brinquedos que existiam eram feitos artesanalmente ou, muitas vezes, as crianças criavam os seus a partir de sucata ou recursos da natureza, como pedaços de madeira, fios, barbantes, tecidos etc.
A psicopedagoga Maria Irene Maluf, mãe de Maria Fernanda e Maria Paula, relembra que as crianças gostam desse jeito antigo de expressar sua individualidade, e transformam as dezenas de objetos que aparetemente não possuem utilidade em brinquedos e enfeites. “Com eles, revivem um hábito milenar juntando arte e consciência social nesse ato de pura expressão pessoal de criação. Além do combate ao consumismo exagerado, o empenho, o esforço e a criatividade envolvidos são fontes de desenvolvimento emocional, social e cognitivo, já que esse trabalho envolve um bom planejamento, controle de impulso e avaliação do produto”, define.
Os brinquedos e as brincadeiras são importantes aliados no processo de aprendizagem das crianças, na formação da personalidade, na capacidade de imaginação e no senso criativo. É o que explica a professora do colégio Fênix Santa Paula, Marisa Castro, mãe de Leonardo e Amanda: “os pequenos experimentam situações, aprendem, organizam suas emoções, constroem”.
Criatividade e personalidade
Depois que se tornou pai, o publicitário, artista plástico e designer Bruno Honda Leite, pai de Melissa, Liz e Rafael, entendeu o quanto o brincar faz parte da construção do que a gente é. “O jogo de fantasia é fundamental à criatividade, que, para mim, é a capacidade que temos de resolver problemas: pequenos treinos lúdicos do que está por vir.”
Bruno criou os brinquedos retrorreciclados, feitos com objetos descartados, desenhados com caneta de retroprojetor. Quando as crianças percebem a quantidade de coisas legais que são descartadas (cada pessoa produz em média 1kg de lixo por dia!), tendem a parar e prestar um pouco mais de atenção e conseguem vislumbrar que dá pra fazer coisas divertidas. “São noções de sustentabilidade que consigo debater com a criançada sem ser visto como o tio ‘ecochatão’, que diz que o mundo vai acabar se elas não escovarem os dentes de torneira fechada (mesmo que vá!)”, brinca.
Outra lição vinda da retrorreciclagem é que ela é um antídoto muito bom contra o inimigo número 1 das crianças: o tédio. “A invenção de personagens, com construção de histórias, promove ótimo treino cerebral, e ainda vêm no pacote noções de ecologia, de reaproveitamento, de economia e de que, com um pouco de boa vontade, tudo pode ser bem divertido”, diz Bruno.
Mesmo que seus filhos não tenham um pai tão criativo quanto o Bruno, há lugares específicos que fazem esse tipo de atividade e incentivam a sustentabilidade.
A Academia Boobambu, por exemplo, tem o programa Espaço Criativo, no qual a criança desfruta de um ambiente com brinquedos alternativos, sucatas, caixas, potes e utensílios do dia a dia em que a imaginação e a criatividade são estimuladas de uma forma muito especial. Por não possuir atividades dirigidas, as crianças ficam livres para explorar e criar de acordo com sua imaginação. Os benefícios alcançados nessa atividade, segundo Sílvia Lobato, mãe de Ana Sofia, educadora física, diretora pedagógica e idealizadora da metodologia Boobambu, são: criatividade, linguagem, expressão, raciocínio e autonomia.
Seu filho pode ter esse tipo de atividade na escola ou em atividades extracurriculares, mas procure incentivar a sua veia artística e sustentável em casa também. Você vai economizar com novos brinquedos e vai jogar menos lixo fora. Então, mão na massa já!
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As opiniões e conteúdos expressos neste artigo refletem, exclusivamente, a opinião da Editora Manchete
Consultoria: Maria Irene Maluf, mãe de Maria Fernanda e Maria Paula é especialista em Psicopedagogia e Educação Especial, editora da revista Psicopedagogia da ABPp, coordenadora do Núcleo Sul/Sudeste dos cursos de Especialização em Neuroaprendizagem e Transtornos do Aprender do Grupo SaberCultura/FACEPD (www.irenemaluf.com.br); Marisa Castro, mãe de Leonardo e Amanda, é professora no colégio Fênix Santa Paula.
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