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Preste atenção

Publicado em 12/09/2011, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


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O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade atinge mais crianças do que a gente pensa e pode prejudicar, e muito, o aprendizado

Você já deve ter conhecido uma criança que não foca a atenção muito tempo na mesma coisa, ou que não para quieta. Seu próprio filho pode ser assim, e em certa medida isso é normal. Mas também pode indicar que ele tem TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, que afeta de 3 a 5% das crianças e adolescentes – quase 2 milhões só no Brasil. Hoje, se fala muito disso, mas pouco se sabe, o que dificulta o diagnóstico.

O TDAH afeta o córtex pré-frontal, área do cérebro responsável pelo planejamento de ações e comportamentos adequados ao momento. É como se o cérebro fosse um carro, e o córtex pré-frontal o freio. Se a pessoa tem TDAH, o freio não funciona bem. O resultado? Ela não consegue parar e prestar atenção, é hiperativa, impulsiva e a memória de curto prazo não funciona bem.

Esse problema aparece na infância, por volta dos 7 anos. Por isso, o papel da escola é importante no diagnóstico, já que os sintomas prejudicam o aprendizado e o convívio no ambiente escolar. Por estarem em contato com crianças, professores podem observar as diferenças de comportamento entre elas. Além dos citados, crianças com TDAH falam demais, saem da sala a todo o momento, perturbam a aula e tem “brancos” nas provas. Então, leve em conta quando o pedagogo te alertar para o problema.

E você também pode ajudar. Seu filho não consegue prestar atenção em você, se estiver fazendo outra coisa? Outro sinal é quando ele demora horas para completar um exercício.

Mas calma, uma criança agitada não tem obrigatoriamente a doença. Só quando apresenta mais de um sintoma, em mais de um contexto, e se persistirem por mais de seis meses é que pode ser TDAH. E claro, quando isso causa prejuízo no dia a dia.

Se é o caso, leve o pequeno a um neuropediatra ou psiquiatra infantil. O tratamento, de acordo com o nível em que os sintomas se manifestam (que pode variar de leve a muito grave), geralmente consiste em três fases. A psicossocial, que auxilia a criança, os pais e professores a se informarem sobre o TDAH, a fase terapêutica e a abordagem farmacológica, com o uso de medicamentos.

Mas o principal fica por conta da escola. A Associação Brasileira de Déficit de Atenção e outros órgãos disponibilizam cartilhas com orientações sobre como ajudar a criança. Atitudes como escolher um tutor (um colega estudioso da sala), reservar um assento longe de distrações como portas e janelas, e evitar que o pequeno realize atividades individuais longas são contribuições essenciais ao tratamento. Observe o colégio, e se ele não adota esse tipo de medida, apresente o livreto com as dicas. Insista que, com um pouco de ajuda, seu filho pode passar “ileso” por essa fase. Se necessário, peça ao médico que converse com os pedagogos.

O transtorno não tem cura, mas 70% das crianças que passam por tratamento deixam de apresentar grande parte dos sintomas por volta dos 15 anos. Por outro lado, o número de adultos que se descobrem com o problema ainda é grande. Então, preste atenção já!

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Para os filhos




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Consultoria: Fernanda Araújo Cabral, filha de Ivenite e Francisco, é psicóloga especializada em Processos de Ensino e Aprendizagem. http://www.psicosyn.com  Ivete Gianfaldoni Gattás, mãe de Victória, Ligia e Henrique, é coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência (UPIA)/ UNIFESP. www.unifesp.br  Marco Antonio Arruda, pai de Renato, é neurologista da infância e adolescência, membro da Associação Brasileira de Déficit de Atenção. www.institutoglia.com.br  Maria Conceição do Rosário, filha de Maria Nívea e Edival, é psiquiatra da infância e adolescência. www.tdah.org.br


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