O jornalista Guilherme Fuoco, do Band Sports, fica longe da filha para cobrir a Olimpíada de Londres e conta tudo aqui.
Eu e Laura somos muito grudados. Justamente por isso, elaborei uma grande estratégia para vir pra Londres tranquilão e certo de que a minha herdeira está bem!
Aliás, os técnicos ficarão com inveja do meu esquema tático!
A primeira coisa que eu fiz foi falar que estou indo viajar para trabalhar e (tchantchan!!!) comprar brinquedos. A Laura não é uma criança que ganha bonecas e afins toda hora. Na verdade, ela recebe no aniversário dela, no Dia das Crianças (e olha lá…)e no Natal. Só. Mais do que isso é mimar muito e só entope o apartamento. Prefiro presentes educativos durante esse período sem festas. Mas aí é uma tática minha, sei lá se é o mais certo. Fato mesmo é que ela se acalmou com a história do pai ficar longe por causa de brinquedos. Ufa! Um choro a menos pra vovó se preocupar.
Após a compra dos brinquedinhos, criei uma maneira criativa de dá-los. Um dia antes de viajar, falei que ia ficar longe, a pequena de três anos fez um drama teatral: bico, grudou na minha perna, se arrastou no chão… Para acabar com a cena, contei que ia fazer uma mágica! Laura adorou, claro! Pedi pra baixinha sentar no sofá e fechar os olhos. Depois coloquei o presente embaladinho, bonitinho, debaixo de um travesseiro ao lado dela. E também encenei: "sinsalabim, sinsalabeiro, apareça um brinquedo embaixo do travesseiro!". O rosto de espanto dela foi sensacional. Laura adorou mais a mágica que o quebra-cabeças da Dora, a Aventureira!
A terceira tática foi consequência dessa anterior. Expliquei pra mocinha que eu ia aparecer de vez em quando na tela do computador e que de lá e eu faria mais truques. Porém, ela só receberia se obedecesse a vovó! Laurinha falou: "Então vai logo lá pra dentro da tela, papai!"
Caso solucionado. Sei que posso criar uma dor de cabeça com essa história de brinquedos, mas é uma exceção. Não será sempre assim, porque não sou de viajar e deixar a baixinha. Cara, nunca fiquei longe dela nestes três anos de vida da fofinha. E quer saber? A última coisa que o papai jovem aqui quer ver é Laurinha chorando de saudade
Eu prefiro mesmo é que a minha gatinha fique esse mês brincando e pensando que o papai está em uma viagem dos sonhos.
Com mágica pra mim e muitas mágicas pra Laura!
Guilherme Fuoco, pai de Laura, é jornalista do Band Sports.