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O que importa

Publicado em 07/03/2012, às 07h00 por Redação Pais&Filhos


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Quando fiquei grávida, eu morava em outro país com meu marido. Avisaram-me que seria muito difícil ter minha filha sozinha lá. Diziam que era preciso um acompanhamento mais próximo. Vários ultrassons. Vitaminas. Cuidados. Mas os médicos de lá me garantiram que eu só tinha que me manter saudável e comparecer às consultas que aconteceriam, mais ou menos, de três em três meses. Me contaram tanta coisa, mas não o óbvio. E eu, talvez por achar tão evidente, não pensei. Não pensei sobre como seria de verdade ser mãe.

As pessoas falam tanto sobre anestesia, posições de amamentação, depressão pós-parto, relacionamento com babás, controle de peso antes, durante e depois (e o depois mata a gente) da gravidez… Só esquecem de contar que estamos prestes a ganhar um companheiro. Alguém que será seu filho; a obviedade de que você será a única mãe que aquela criança vai ter, e que o que ela precisará, muito além de enxoval, babá, cadeirão que balança, canta, dança e sapateia, é do convívio com a família.

Papinha supervitaminada? Carrinho com tração nas quatro rodas? É claro que isso tudo é bom. Mas o que nossos filhos precisam é da nossa atenção, do nosso amor, do nosso tempo. Parece óbvio, é óbvio, mas ninguém me contou. Perdi tanto tempo com essas preocupações que, quando minha filha nasceu, no Brasil, com babá a postos e todo o cenário montado, demorei para estabelecer o primordial: o relacionamento com meu bebê. Tardei a perceber que aquela criança, que aparentemente dava tanto trabalho, poderia ser colocada em um canguru e ir fazer supermercado comigo.

Lembro-me da primeira vez que dei meu grito de liberdade e coloquei minha filha, que devia ter uns dois meses, na cadeirinha do carro para dar uma volta comigo. Sem rumo. Eu e ela, passeando por aí. Fiz umas compras, sentei em um banco de praça com ela, me apresentei devidamente, conversamos por um tempão. Naquele dia eu entendi. Filho é a melhor coisa do mundo, é um companheiro eterno, que você vai amar sempre, e que vai te amar como você é e precisar de você. E essa relação é a coisa mais bonita que existe na vida.

É com seu filho que você vai ser quem nem imaginava que poderia ser, vai cantar bem alto músicas as quais nunca imaginou que iria conhecer, vai falar bobagens e contar piadas nonsense e rolar de rir. Um dia, você vai dar uma bronca e ficar com o coração apertado, para cinco minutos depois receber um abraço de bracinhos frágeis que te perdoam. Muitas vezes é um filho que ensina para gente o significado de família.

É possível que muitas saibam disso antes mesmo de se tornarem mães. Eu, que engravidei de repente, sem esperar, não sabia. E ninguém me contou.


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