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Leia com a gente – Para Filhos

Publicado em 05/05/2011, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


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A cada mês, escolhemos dois livros para ler e discutir com você, no site, no Facebook, no Twitter

Indicado por Patricia Cardoso de Mello, filha de João Manuel e Lilia, psicanalista, atende bebês, crianças e adultos em consultório

Onde Vivem os Monstros, de Maurice Sendak
Max, vestido com sua fantasia de lobo, faz tamanha malcriação que vai para o quarto sem jantar. Lá, ele se transporta para uma floresta, embarca em um veleiro e chega a uma ilha onde vivem os monstros. Com o seu olhar firme, consegue dominá-los e é coroado rei. Max, então, fica livre para mandar e desmandar, longe de regras ou restrições, mas, quando a saudade de casa e daqueles que realmente o amam começa a apertar o peito, Max fica em dúvida sobre suas escolhas.
Ed. CosacNaify (www.cosacnaify.com.br), R$ 49,90

"Este livro genial mostra de um jeito divertido como a criança é capaz de elaborar sua agressividade através da imaginação, fazendo assim prevalecer o amor e o vínculo com o outro"
Patrícia Cardoso de Mello

A lista completa

A diretora de redação, Larissa Purvinni, mãe de Carol, Duda e Babi, fala sobre o livro Onde Vivem os Monstros, de Maurice Sendak. Venha ler com a  gente!

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O livro preferido de Obama

Onde Vivem os Monstros (Were The Wild Things Are, mais precisamente “onde as coisas selvagens estão”) foi escrito em 1963, mas só chegou ao Brasil em 2009, depois de três anos de negociações da Cosac Naify com o autor e ilustrador, Maurice Sendak, que escolheu a editora para publicá-lo aqui. O livro foi traduzido para mais de 20 idiomas e já vendeu mais de 18 milhões de exemplares só nos Estados Unidos. É um dos preferidos do presidente Barack Obama, que chegou a reunir milhares de crianças para ouvi-lo contar a história em plena Casa Branca.

O diretor Spike Jonze adaptou o livro para o cinema, num filme indicado para maiores de 14 anos (Warner Home Video). Quem viu o filme antes de ler o livro vai encontrar algumas diferenças: no livro, não temos informações sobre os pais de Max, o personagem principal que, segundo a sinopse da Cosac “vestido com sua fantasia de lobo, faz uma grande malcriação e é mandado para o quarto sem jantar. Lá, ele se transporta para uma floresta, embarca em um miniveleiro, navega pelo oceano, até chegar a uma ilha, onde vivem os monstros. Com o seu olhar firme, consegue dominá-los e é coroado rei. Max, então, fica livre para mandar e desmandar, longe de regras ou restrições. Mas, quando a saudade de casa e daqueles que realmente o amam começa a apertar o peito, Max fica em dúvida sobre suas escolhas”.

No filme, os pais de Max são separados, e ele mora com a mãe, que tem um namorado. A relação é extremamente conflituosa. Max tem ataques de raiva, e a mãe também explode. De maneira fantasiosa, o livro ajuda a criança a lidar com seus “monstros”. Como todo bom livro infantil, não é explícito. O filme, um tanto perturbador mesmo, não é feito para crianças, mas para nós, pais e mães, entendermos que essa relação é feita de amor, mas também de conflitos. Não é a toa que os monstros repetem frases que Max diz a sua mãe em seus momentos de raiva. É difícil ser “rei”, assim como é difícil ser pai e mãe e ter de dizer não.

A literatura adulta está repleta de histórias em que as crianças formam sociedades sem a presença de adultos. Na maioria delas, o desfecho é trágico. O mote está presente em O Senhor das Moscas, de William Golding (ed. Nova Fronteira), em que crianças inglesas presas em uma ilha deserta sem a supervisão de adultos depois que o avião que as levava para longe da guerra cai regridem à selvageria. Também é explorado por outro inglês, Ian McEwan, em o Jardim de Cimento (ed. Cia das Letras, edição de bolso, R$ 20,50). Em seu primeiro livro, McEwan cria um cenário perturbador em que, após a morte dos pais, quatro crianças isolam-se na casa e, com o tempo passam a mimetizar os papéis dos adultos ausentes, criando uma nova estrutura familiar. Mas tudo isso é só para você saber e ficar com vontade de ler. Com seu filho, apenas leia Sendak. E deixe que interprete a história do jeito dele.


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