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Eu e mais ninguém

Publicado em 05/09/2012, às 07h00 por Redação Pais&Filhos


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Se seu filho não quer dividir suas coisas com ninguém,
não se preocupe. Até os 6 anos, isso não significa que ele seja egoísta.

Tudo corre bem na hora da brincadeira, até o momento em que outra criança pega o que é do seu filho. “É meu!”, diz ele, de cara feia. Aí você, calmamente,  tenta explicar que precisamos emprestar, saber dividir, que todo mundo brinca mais se os brinquedos forem divididos e todos ficam felizes. E nada, a cara feia continua, podem até surgir algumas lágrimas sofridas. Pois é. Mas relaxa. Seu filho não é um egoísta sem escrúpulos, isso que ele está fazendo é normal.


Aprender a compartilhar é algo que acontece com o tempo, conforme a criança vai percebendo que vive em sociedade. É só por volta dos 5 anos que ela começa a perceber as outras pessoas. Antes disso, a perspectiva que ela tem do mundo é centrada nela própria. O mundo dela é ela e ela. Ainda está aprendendo quais são os limites e como vai se relacionar com os outros.


É por isso que admitir a possibilidade de ceder é tão difícil para os pequenos possessivos. “Trata-se de um aprendizado, ninguém nasce pronto para dividir algo que considera seu ”, diz a especialista em psicopedagogia e em educação especial, Maria Irene Maluf, mãe de Maria Fernanda e Maria Paula.
Mas nem por isso você vai parar de tentar ensinar isso ao seu filho a excluir. A conversa entre vocês é fundamental para que ele, aos poucos, entenda por que é importante compartilhar as coisas. Além de brincadeiras e atividades que podem estimular a convivência em grupo, conversar é o melhor caminho para conseguir um comportamento menos individualista.


Se acontecer algum desentendimento entre as crianças por causa de um brinquedo, numa festa de aniversário, por exemplo, é melhor orientarmos sobre o que é certo a se fazer, do que brigar. Embora para nós pareça óbvio o jeito certo de agir, para elas não é. “A criança não nasce social, ela se torna social”, diz Maria Irene Maluf. Castigar, dificilmente vai resolver alguma coisa, e provavelmente vai deixar o seu filho ainda mais confuso. Crianças têm medo da perda, e é importante que entendam que, se dividirem suas coisas, depois as terão de volta. E, enquanto isso, também vão poder usar os brinquedos dos amigos, que são novos para elas.


A escola e, principalmente, a família têm papéis muito importantes nesse processo. Isso porque, aos poucos, a criança passa a se colocar no lugar das outras pessoas, além de começar a considerar também outros pontos de vista, e não apenas o seu. E é preciso reforçar isso. Crianças precisam de exemplos e de orientações constantes dos pais para aprenderem a compartilhar. “Adultos egoístas, que não cedem espaços de suas vidas para os filhos são modelos negativos”, diz Maria Irene Maluf.


Entre irmãos, além da dificuldade em compartilhar brinquedos, o que também é comum de observar são brigas frequentes pela atenção dos pais. A solução é dividir, literalmente, parte do tempo entre eles. O ideal é procurar passar um tempo sozinho com cada filho, de acordo com sua idade e necessidades. Nem sempre uma atividade agrada a todos os irmãos, e é importante que eles sintam essa atenção individual. Porém, não esqueça de reservar momentos que reúnam a família toda.


Geralmente, por volta dos 7 anos, a criança começa a compartilhar com mais facilidade e naturalmente, sem pressão. Se você acha que seu filho já não está mais na idade de dar esse tipo de chilique, mas ele continua com dificuldade de dividir, junte a família para conversar e tente descobrir qual é o problema. Compatilhar faz parte da vida e, com o tempo e a maturidade, ele vai perceber isso.

Consultoria: Maria Irene Maluf, mãe de Maria Fernanda e Maria Paula, é especialista em psicopedagogia e educação especial. Nívea Fabrício, mãe de Sydney e Vanessa, é psicopedagoga, psicóloga e autora do livro “Singularidades na Inclusão.”


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