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Emoção, emoção, muita emoção

Publicado em 02/08/2012, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


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Bateu o desespero! Quando a Revista Pais & Filhos me convidou para escrever essa coluna coloquei em dúvida minha capacidade profissional. Foi uma crise. Como eu conseguiria escrever sobre minha filha e a relação dela comigo? Impossível.

Bom, fui “obrigado” a fazer um laboratório. Peguei a pequena e fui viajar sozinho com ela para um feriado no Rio de Janeiro. Como sou divorciado, fui sem a mãe da pequena, sem minha mãe, babá etc. Fomos nós dois.
 
Quero agradecer a Revista! Foi mais uma vez maravilhoso! A tal da sintonia entre pai e filha é uma coisa inexplicável mesmo. Que responsabilidade! O carinho, o amor e o companheirismo entre nós dois é difícil de contar. Nós fazemos tudo junto, brincamos e curtimos os programas mais elaborados e os mais simples, como o escovar dos dentes ou um café da manhã.

O mais maluco é que, ao lado da Sofia, tudo é muito legal. Não tem estresse, tempo ruim. Eu curto tudo e me transformo. Viro criança, professor, cozinheiro, marceneiro, arquiteto, mecânico, bombeiro, policial, atleta e, no mais legal de todos, em príncipe. O tempo voa. As lembranças então…

Hoje a Sofia tem 4 anos e meio. Essa idade é o máximo porque preserva alguns momentos de bebê, mas já apresenta alguns elementos da mocinha que está por vir. Ela gosta de histórias e, ao mesmo tempo, quer usar batom e maquiagem “igual à prima mais velha”. Sem falar que ao passear no shopping olha para uma vitrine e fala: “papai olha que vestido lindo. Combina né?!”.

Lembro muito bem da primeira vez que me senti pai. Quando a criança nasce, essa é a grande verdade, o pai assume um papel secundário. As atenções vão para a mãe e para o recém-nascido. Nada mais justo, aliás. Tentei cumprir uma função de suporte. Ajudei no que pude. Banho, roupa, colocar pra arrotar, trocas e mais trocas, carregar as tralhas sem fim, ou seja, tudo o que eu podia. Porém, tem algumas coisas que nós pais não podemos fazer, que aproxima ainda mais mãe e filhos e nos deixa um pouco de lado. Ok. Você já identificou certo ciúme dessa época. Pode até ser, mas o que eu quero tentar descrever mesmo foi esse momento aqui… No meio de toda essa loucura de aprender a lidar com uma criança recém-nascida, certa tarde estava eu com a Sofia, em casa, quando tive a melhor e mais intensa surpresa da minha vida. A descoberta de um amor sem fim. Incondicional e único. Uma emoção que colocou a prova meu coração.

A pequena estava no meu colo dormindo gostoso quando se contorceu, abriu os olhos e nossos olhares se trocaram pela primeira vez. Ficamos minutos um olhando no fundo dos olhos do outro como se nos apresentássemos formalmente. Alma para alma. Um olhar que parece que durou anos. Nesse momento eu falei: “Oi, filha! Sou seu pai!”

Ela sorriu, como se já soubesse disso há muito tempo, como se lembrasse dos papos que tive com ela enquanto estava na barriga da mãe, depois se ajeitou nos meus braços e continuou me olhando por mais algum tempo antes de dormir. Eu? Bom, eu fiquei ali babando e completamente emocionado por mais algum tempo até despertar daquele transe.

Outro dia, eu contei essa história para a Sofia enquanto a fazia dormir e ela, meio com sono, disse: “Que lindo, papai. Te amo!”. Bom, dá-lhe o papai cair no choro de novo!

Mal sabia eu, naquele momento da primeira troca de olhares, que esse jogo maravilhoso da paternidade estava apenas começando e que muitas outras situações como essas iriam se repetir. Os primeiros passos, a adaptação na escola, as primeiras decepções, o enfrentamento do medo, as conquistas e tudo o que vem por aí.


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