Publicado em 29/01/2013, às 22h00 por Redação Pais&Filhos
30/01/2013
Ligia Santana, mãe da Aliki 8 anos, e Helena 4 meses e meio.
Meus dois partos foram cesáreas, a primeira nasceu com 38 semanas, por conta da placenta estar amadurecendo, não tive complicações na gravidez, nem no parto e nem no pós. Fiz pré-natal durante os 9 meses com a mesma médica e isso me deixava tranquila para qualquer um dos partos, normal ou cesárea.
Já na segunda filha, minha situação financeira era outra, estava sem convênio médico e como foi uma gravidez surpresa, fiz meu pré-natal no SUS, o que me deixava tensa na questão do parto. Durante o acompanhamento nos 9 meses, passei por 3 médicos, como minha referência era ótima da primeira gravidez, com vários exames para garantir bem estar e saúde meu da bebê, sentia sempre que faltava algo nas consultas, vivia aflita com medo, queria que tudo estivesse bem para eu poder ter um parto normal.
E como era pelo SUS tem aquele mito que lá você sofre para parir, porque só fazem normal – nada de cesárea, estava certa que teria o meu parto normal.
Chegando o dia da data prevista, numa manhã de domingo, minha bolsa rompeu, algo leve, nada de enxurrada como mostram em televisão, não sabia ao certo, não tinha passado por isso na outra gravidez, não sabia o que era contração, não sabia quando era a hora, mas mesmo assim calmamente arrumei minha filha, me arrumei e fomos para hospital, só estava eu, meu marido e minha filha, eu crente de que minha bebê chegaria tarde ou noite, tinha acabado de estourar a bolsa…
Cheguei ao hospital e já ouvi a seguinte informação: “vai demorar porque o doutor tem 3 cesáreas”. Eu, inocente mesmo, disse ao próprio, “posso ir pra casa, não tem problema, acho que a bolsa estourou” ele veio e disse que ia examinar, mas que achava que não era bolsa rota porque eu não lavei o chão. Feito o exame de toque constatado que a bolsa havia estourado, foi às 8h30 da manhã, eu estava calma até a hora que ele me disse “estou mesmo, vamos fazer cesárea”.
Comei a tremer, de medo de frustação, angustia, etc. Meu marido estava com a minha filha, teria que fazer a ficha de internação e outras papeladas, além disso iríamos tentar que ele assistisse ao parto – com quem ficaria minha filha? Tudo passou em um segundo, daí perguntei que não poderia tentar um normal, ouvi que não que ia demorar muito, eu estava com 1cm de dilatação, fiquei frustrada e me comecei a chorar.
Achei que ao menos eu deveria saber mais informações do por que eu não poderia ter um PN, era por conta da outra cesárea? Era porque estava 1cm mesmo? E se eu tomasse ocitocina e tentasse por mais umas horas?
Não tive escolhas, não tive tempo de entender, compreender a situação, meu marido saiu com minhas coisas todas e eu fui para a sala do pré-parto, fiquei lá só e pensando no que eu poderia fazer para tentar o parto que eu queria, me senti impotente, tudo o que tinha planejado, sonhado, estava indo embora.
Enfim, logo veio uma enfermeira e me levou para o centro cirúrgico, tentei no último segundo, disse que tinha tomado café e estava com cabelos molhados, de nada adiantou e minha linda Helena nasceu duas horas depois que eu dei entrada no hospital, veio perfeita saudável, chorando fortemente.
Não tive o meu parto normal e não terei mais, foi minha última gestação, estou melhorando a cada dia desse sentimento de culpa, de não ter brigado mais, mas feliz porque ela veio no tempo dela, 40 semanas e 3 dias, não marquei uma data, não antecipei a vinda dela, nessa questão sou 100% free de culpa”.
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