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Água da vida

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Publicado em 19/03/2013, às 21h00 - Atualizado em 21/11/2021, às 05h12 por Redação Pais&Filhos


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Se você está grávida, provavelmente já ouviu dizer que seu bebê está nadando aí dentro da barriga. É verdade: os bebês estão mergulhados em uma substância, o tal do líquido amniótico, que os deixa bem seguros ali dentro.“Ele protege contra batidas, regula a temperatura, previne a compressão do cordão umbilical, faz com que o bebê gaste menos energia”, explica o obstetra Eduardo Zlotnik, pai de Mira, Marcelo e Marcos.

Os bebês, dentro da barriga da mãe, ficam no líquido amniótico (Foto: Getty Images)

Basicamente, o líquido amniótico é formado por água, plasma, sais minerais e células que descamam do bebê. Como a placenta é permeável, o plasma presente no sangue materno chega ao embrião.

Ao longo do desenvolvimento do bebê, os rins começam a funcionar e a despejar urina na bolsa amniótica – que é diferente da que produzimos –, o que contribui para o aumento e renovação do líquido. “No começo, ele é mais viscoso e, depois, se torna menos denso por conta da urina e da água, lançada pelos pulmões do bebê”, diz o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo, pai de Cecília, Isadora e Teresa.

O líquido começa a ser produzido por volta da quarta ou quinta semana de gravidez e, de acordo com o desenvolvimento do bebê, sua quantidade aumenta. Em geral, com dez semanas de gestação, são 20ml. Na 22ª, essa quantidade aumenta para 630ml, e para 770ml na 28ª. A partir da 39ª semana, é normal diminuir.

Ao mesmo tempo em que os pulmões e os rins do bebê estão despejando líquido no ambiente, as membranas placentárias reabsorvem parte dele e o próprio bebê o engole. Assim, o ciclo se reinicia.

Quando pode ter problema
A quantidade de líquido amniótico varia de acordo com o período da gravidez e a falta e o excesso dele são prejudiciais à saúde do bebê e da mãe. Quando se tem uma quantidade menor do que a esperada, é chamado oligohidrâmnio. Não dá para prever o problema, mas, se acontecer, é melhor que seja no final da gestação, pois há riscos de parto prematuro.

A medição da quantidade é feita pelo exame de ultrassom. O que desencadeia a falta do líquido amniótico, na maioria dos casos, pode ser desde a redução do desenvolvimento da placenta até algum problema renal do bebê. Normalmente, oligohidrâmnio é um sinal de problema na gestação. Se acontecer antes da 24ª semana, há riscos de má-formação pulmonar. “Em situações extremas, pode-se fazer a amnioinfusão, em que jogamos soro na barriga da mãe, com uma agulha”, afirma Alexandre.

Já quando se tem mais líquido do que o normal, a primeira hipótese é que a mulher esteja com diabetes gestacional, pois ela causa excesso de peso fetal e, consequentemente, mais urina. Outra razão seria algum tipo de má-formação no sistema digestivo do bebê, principalmente atrofia no esôfago. Assim, o bebê não deglute adequadamente o líquido e ele acaba sobrando. Nesses casos, que são chamados de polihidrâmnios, se a gestante começa a ter incômodos respiratórios, ela pode passar por uma amniocentese aliviadora, pois também dá para retirar um pouco do líquido.

Tanto a amnioinfusão como a amniocentese aliviadora são procedimentos invasivos e similares à amniocentese, exame realizado no segundo trimestre de gestação e que diagnostica alterações cromossômicas no feto, como a síndrome de Down. Faça seu pré-natal direitinho e tire sempre todas as suas dúvidas com o seu obstetra.


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