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A ameaça silenciosa

Publicado em 02/08/2011, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


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Se não for tratado, o HPV pode trazer danos para o bebê, além de agravar o quadro para a mãe

HPV é o nome popular de uma doença que é transmitida mais comumente pelo contato sexual, mas também pode ter transmissão vertical (mãe-bebê). Em 90% dos casos, a doença é assintomática e em 10% causa verrugas na mucosa da genitália ou na pele adjacente. Por conta da própria anatomia da genitália masculina, as verrugas são mais visíveis no homem, por isso podem ser diagnosticadas com mais facilidade, antecipando o tratamento. As lesões podem aparecer em outros lugares como boca, cordas vocais, ânus e uretra. O HPV pode ser destruído pelo sistema imunológico da mulher, mas isso pode levar até 18 meses. Já as verrugas são retiradas com medicamento ou cirurgia.

Estudos do Instituto Ludwing mostram que os casos mais agressivos de HPV respondem por 96% dos casos de câncer de colo do útero. Por ano, são 500 mil casos no mundo; ele é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres e o responsável pela morte de 230 mil delas anualmente. No Brasil, o risco é de 18 casos para cada 100 mil mulheres. O HPV é uma doença silenciosa, do momento de contração do vírus até a manifestação podem se passar até dez anos se as lesões não forem tratadas.

A primeira manifestação da doença pode acontecer durante a gravidez, quando a mulher está com a resistência mais baixa. Os primeiros sinais de que a doença saiu da forma assintomática é o aparecimento das tais verrugas. O parto normal só é contraindicado quando a mulher tem muitas verrugas na região do períneo. É que no caso de ter de fazer a episiotomia (corte que facilita a passagem do bebê), as verrugas podem inflamar e o vírus pode ser transmitido para o bebê.

Mas o vírus pode ser transmitido antes de o trabalho de parto começar, o bebê pode ser contaminado pelo líquido amniótico. Por isso é que fazer um bom pré-natal é básico. Logo no início da gestação, o obstetra consegue diagnosticar o HPV. E a melhor forma de prevenir que o bebê se contamine é tratando a mãe. Os tratamentos permitidos durante a gravidez são realizados de forma local, como a cauterização das verrugas.

Se uma gestante não trata o HPV, as chances de que a criança desenvolva a doença é de 10%. Quando ela passa pelo tratamento, as chances diminuem muito. Caso a criança contraia o vírus, o aparecimento das verrugas podem levar até três anos para acontecer. As lesões ocorrem na região genital ou na parte interna da garganta.

O ideal é detectar o HPV antes mesmo de engravidar, por isso, a mulher deve verificar se há verrugas na região genital de seu parceiro e fazer o Papanicolau e a colposcopia, exame que permite ver mais detalhadamente a região da vagina e colo do útero.

São mais de 150 subtipos do vírus do HPV e já estão no mercado duas vacinas que previnem as formas mais comuns dele. Elas vêm em três doses, cada dose custa cerca de R$ 300 e ainda não estão disponíveis na rede pública. A vacina quadrivalente pode prevenir em até 90% a possibilidade das verrugas genitais e 70% do câncer de colo de útero.

A vacina não é indicada para gestantes, o ideal é que a mulher se vacine depois do parto ou antes mesmo de iniciar a vida sexual, assim ela transmite os anticorpos para o bebê durante a gestação. Mas fique tranquila: mesmo com todos os riscos trazidos pelo HPV, ele não causa aborto.

Consultoria: Adriana Bittencourt Campaner, filha de Maria Emília e Wilson, chefe do setor de doenças do trato genital e HPV da Santa Casa de São Paulo, tel.: (11) 2176-7385  Cassiano Andalaft, filho de Argene Mariza e Jorge, ginecologista obstetra da Pro Matre


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