Gravidez

Mãe recém-nascida

Quando nasce um bebê, também nasce uma mãe - iStock
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Publicado em 20/12/2013, às 17h39 - Atualizado em 22/11/2021, às 06h53 por Redação Pais&Filhos


Ouvir o coração do bebê bater, senti-lo se mexer pela primeira vez, vê-lo no primeiro ultrassom… São vários os momentos da gravidez em que a gente cria laços com o filho e em que tomamos consciência de que, de fato, seremos mães. O vínculo nasce junto com a mãe e toda e qualquer interação é bem-vinda para reforçá-lo.

“A gestação funciona como segunda pele do bebê. Ele compartilha todas as emoções e sentimentos da mãe, então quando ele se sente bem-vindo e desejado, com certeza o seu psiquismo e desenvolvimento emocional serão bem-estruturados”, diz a psicóloga Teresa Piccolo, mãe de Rafael, Thomaz e Matheus.

Quando nasce um bebê, também nasce uma mãe (Foto: iStock)

Cante para ele, massageie a barriga como forma de carinho, prepare o enxoval, escolha o nome e converse sempre com a barriga. Mesmo que ele não escute. “No início da vida embrionária as estruturas do bebê ainda estão se formando, e, por isso, as maneiras de estabelecer o vínculo são rudimentares”, diz o neuropediatra Saul Cypel, pai de Marcela, Irina, Eleonora e Bruna. “Mas o bebê já reage aos estímulos de acordo com a capacidade dele, mesmo que a mãe não tenha como distinguir.” Desde o início da formação fetal são desenvolvidos receptores que ativam a memória celular, e o bebê já pode sentir, por exemplo, as vibrações que percorrem o líquido amniótico.

Já é possível, desde cedo, perceber o que se passa ao redor. Mas é na 25ª semana que o sistema auditivo se completa e ele passa a identificar os ruídos internos do metabolismo da mãe, além de vozes e outras variações sonoras. Não, você não está falando sozinha!

“Apesar de não entender o conteúdo de uma conversa, o bebê tem na memória a voz da mãe como uma coisa acolhedora e que traz conforto”, diz Saul. Segundo o obstetra Domingos Mantelli, filho de Domingos e Anna Maria, existem casos em que o bebê nasce quase dormindo, porque na hora do parto está tocando a música que ele estava acostumado a ouvir durante a gestação. “Ele associa a música a um momento de relaxamento”, conta o médico. Conheça as histórias de 10 mulheres que estão criando seus ninhos.

Linha do Tempo

Positivo – O exame de sangue, Beta HCG, pode confirmar a gestação a partir do décimo dia, enquanto o exame de urina vai identificar com 15 dias. O teste de farmácia é o que mais demora, cerca de um mês, para dar positivo.

Tum-tum Tum-tum – O coração começa a bater na quarta semana de gestação, mas ainda não é visível e nem audível nos exames. A partir da quinta semana a mãe vai poder ouvir o coração por meio do ultrassom, mas no consultório, com o sonar, só é possível a partir da 12ª semana.

Pose pra foto – O primeiro ultrassom deve ser feito assim que a mulher confirmar a gravidez. Ele vai identificar o tempo de gestação. Mas é só entre a 28ª e a 30ª semana que a mãe vai poder ver o rostinho do bebê já formado.

Massagem – O toque na barriga vai ser sentido pelo feto desde o início da gestação. O líquido amniótico é um condutor, os sons e vibrações vão percorrê-lo e chegar até o bebê. E o coração também tem receptores que atingem a memória celular.

Chutes e soquinhos – A mãe sente o bebê se mexer pela primeira vez entre 22 e 24 semanas de gestação, vai depender do tamanho do bebê. Qualquer coisa que ela sentir antes disso é o movimento do intestino sendo empurrado pelo útero.

Uma canção pra você – O sistema auditivo do bebê se desenvolve a partir de 25 semanas, mas, mesmo antes, a mãe pode conversar com o bebê porque ele tem receptores na pele, que ativam a memória celular e ele sente as vibrações.

Luciana Mello, mãe da Nina, 4 anos, e do Tony, que vem por aí, cantora

“Os meus filhos foram muito planejados e esperados, por isso minha ficha caiu logo de cara. O que eu mais gosto de fazer é ser mãe, é muito especial. Então desde o começo da gravidez eu já estava consciente que eu tinha que criar esse vínculo e estimular. Eu cantava muito para a Nina (primeira filha) e faço a mesma coisa agora com o meu segundo filho. Gosto de colocar música clássica para ele ouvir e outros estilos que eu gosto. E ele reage!”

Mariana Reade, mãe de Maria, 3 anos, e grávida de 7 meses, jornalista

“Na minha primeira gravidez demorou muito pra cair a ficha. Na segunda, é diferente, já sou mãe. Eu rezo muito para que a minha filha venha com saúde e proteção, converso com ela para que se sinta muito bem-vinda. Eu tento manter minha alimentação saudável e dormir bem. Meu marido também conversa com a minha barriga e peço que ele diga para a nossa filha que a estamos esperando. E, quando canto, chamo a mais velha para que a irmãzinha a ouça junto comigo.”

Iza Cabette, mãe de Teodoro, 2 meses, editora de fotografia

“Eu me dei conta que estava mesmo grávida no primeiro ultrassom. Aquele lindo projetinho de pessoa estava dando piruetas. Foi impressionante e chocante. Chorei pela importância de tudo aquilo: tinha uma vida dentro de mim! Quando percebi, já estava cantando as minhas músicas favoritas para que ele soubesse desde cedo o que a mãe e o pai gostam. Tínhamos um momento especial com música, cheiros e massagens durante o meu banho. O ‘agora sim, sou mãe’ aconteceu na primeira mamada.”

Nanna Pretto, mãe de Gabriel, 5 anos, e grávida de 7 meses, é jornalista

“Nas duas gestações foi quando ouvi o coração bater pela primeira vez que a ficha caiu. Eu adoro o status ‘grávida’, até os enjoos, a dor de cabeça, a azia. Coloco músicas mais calmas quando estou no trânsito, converso com o bebê e até baixei um aplicativo no meu celular que dá para escutar os batimentos cardíacos (My Baby Beat). Eu massageio minha barriga durante o banho e Procuro fazer exercícios de respiração antes de dormir e ao acordar para relaxar o bebê.”

Simone Sodré, grávida de 8 meses, maquiadora

“Sempre senti que seria um menino, quando fiz o ultrassom só confirmaram. Eu canto para ele, massageio a minha barriga, e eu sinto que ele responde colocando a cabecinha no ponto mais alto para que eu continue fazendo carinho. Já fiz muitas coisas na vida, vivi momentos maravilhosos, mas nada se compara ao que vivo com esse serzinho que cresce, se forma e se transforma aqui dentro de mim.”

Juliana Peres, grávida de 9 meses, professora

“Senti um receio normal, mas não demorou muito pra que o laço entre nós ficasse cada vez mais forte. Senti os primeiros chutes enquanto dormia e depois as ‘tremidinhas’ durante e após as refeições. Descobrimos que era menino, e começamos a chamá-lo pelo nome escolhido por nós ainda na época do namoro… João Pedro. Conversamos com ele desde sempre, e ele reage com chutes à voz do pai. Também ouvimos muita música. Agora, com 38 semanas de espera, ele sempre chuta nossa mão quando acariciamos a barriga!”.

Livia Menezes Targa, grávida de 6 meses, gerente comercial

“Eu demorei muito para entender o que estava acontecendo. Mesmo após o exame de sangue e de fazer o primeiro ultrassom, parecia que era apenas um sonho. A primeira vez que me senti realmente grávida foi quando ouvi o coraçãozinho batendo. Eu só queria que o tempo parasse para ficar ali, quietinha, ouvindo aquele som. Sentir o bebê mexer é a coisa mais gostosa da gravidez! Meu marido passa a mão na minha barriga e fica esperando alguma resposta. Cada dia eu descubro algo novo.”

Mayara Penina, mãe de Joaquim, 10 meses, jornalista

“Minha gravidez não foi planejada e só acreditei que estava grávida mesmo no primeiro ultrassom, quando ouvimos o coração batendo. Para mim, o vínculo com o bebê ainda na barriga foi natural. Toda grávida tem o hábito de alisar a barriga o tempo todo, afinal é uma vida sendo gerada ali, essa é a ligação mais forte. Já para o pai é preciso estímulo, os ultrassons eram especiais porque ele podia ver o filho. Quando o Joaquim nasceu, a primeira coisa que disse foi ‘Bem-vindo, amor! Nós conseguimos’.”

Bruna Duarte, grávida de 7 meses, maquiadora

“Às vezes fico pensando como pode ter alguém se formando aqui dentro de mim. Ainda estou aprendendo a lidar com esse sentimento, é uma ligação que vai se tornando mais forte conforme me envolvo com o meu filho e me dedico para que ele sinta a minha presença. Quando ele chuta é uma alegria! E até os enjoos e dores passam a ser motivo de alegria porque eu sei que estou passando por tudo isso porque tem alguém que amo tanto se desenvolvendo. Me preparo para recebê-lo com o toque na barriga, ao cantar e conversar como se ele já estivesse em meus braços.”

Mariah Maia, mãe de Maria Antonia, 3 meses, blogueira

“O teste de farmácia tinha dado negativo, mas fiz o de sangue, que deu positivo. Foi surreal pensar que meu bebê estava na minha barriga. Me preparei fisicamente e emocionalmente para receber a minha filha, fiz Pilates, drenagem, limpeza de pele, e ficava tentando imaginar como ela seria. A primeira vez que senti ela mexer foi com cinco meses de gestação em uma viagem ‘babymoon’ que fiz com o meu marido – uma sensação desconhecida, mas faz com que o amor cresça dia após dia.” 

Consultoria: Domingos Mantelli, filho de Domingos e Anna Maria, é ginecologista e obstetra domingosmantelli.com.br. Saul Cypel, pai de Marcela, Irina, Eleonora e Bruna, é neuropediatra e colunista da Pais & Filhos.Teresa Piccolo, mãe de Rafael, Thomaz e Matheus, é psicóloga e articuladora do programa regional Primeiríssima Infância.


Palavras-chave
ComportamentoSaúde

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