Publicado em 06/11/2012, às 22h00 - Atualizado em 23/06/2015, às 12h24 por Redação Pais&Filhos
Um plano, uma data, um signo, um médico,
um susto. E as contrações começam para provar
que nem tudo que é planejado dá certo. Mas, tudo bem!
A princípio, achei que seria exatamente como o planejado. As 40 semanas se completariam no dia 1º de agosto e nós resolvemos marcar a cesariana para o dia 23 de julho. Tenho talassemia, um tipo de anemia. Quando nasci, minha mãe precisou de transfusão de sangue e quase morreu.
No meu caso, para não correr risco, preferi a cesárea. O dia escolhido tinha vários significados: 23 de janeiro é aniversário do meu marido, Rodrigo, e 23 de outubro o nosso aniversário de casamento. Além disso, a minha mãe queria um neto leonino! Tudo planejado, data marcada, só esperar chegar a hora, certo? Errado.
As coisas começaram a mudar quando estava com quase 36 semanas. Eu estava no trânsito, em São Paulo, e presenciei um assalto a um táxi parado na minha frente. Fiquei desesperada. Vi a pessoa tirando a arma e apontando para o motorista. Nunca tinha passado por nada parecido. Começaram as contrações!
Não sabia muito bem o que estava acontecendo. Senti uma dor na barriga, mas, como havia passado por aquela situação de estresse, resolvi voltar pra casa e descansar. Além disso, lembrei que meu médico estava em um congresso — e eu não podia imaginar ter o meu filho com outro profissional.
Durante o crescimento do Lucca na minha barriga, criamos uma confiança muito grande. Resolvi ligar para ele e informar o ocorrido. Ele receitou um medicamento para inibir as contrações e me acalmou durante a ligação. No dia 9 de julho, uma segunda-feira, ele voltou e eu fui imediatamente até a clínica. Ele disse que estava tudo ótimo, comigo e com o Lucca; que ele estava encaixadinho perfeitamente dentro da minha barriga. “Cássia, podemos ir para o hospital e fazer o parto na hora em que você quiser. Tudo pronto”.
Eu surtei! Comecei a chorar muito. Era medo, misturado com a preocupação de não ter completado as 40 semanas, apesar do médico já ter me explicado que isso varia de bebê para bebê.
O Lucca já estava todo formado, pronto para nascer, mas não queria que fosse naquele momento, queria ir pra casa ficar em repouso até a data escolhida! O médico disse para eu ir pra casa. Marcamos outra consulta para quarta-feira, dia 11 de julho.
Neste dia, mais uma vez, o obstetra disse que nós poderíamos marcar o parto para qualquer momento. Mas a minha mãe estava viajando, e o medo me invadiu de novo. Pedi para voltar pra casa.
Foi uma semana horrível pra mim. Eu estava super ansiosa e durante o final de semana, o Lucca praticamente não se mexeu. Não queria falar nada para o Rodrigo, para não desesperá-lo, mas também não queria ir para a maternidade sem a minha mãe.
Enfim, a hora chegou. Na segunda-feira, dia 16 de julho, fomos para a clínica para outra consulta. Dessa vez, o médico não me deixou voltar pra casa. Ele me explicou que a bolsa poderia romper a qualquer momento e o que trânsito que eu pegaria da minha casa até o hospital poderia complicar um parto que tinha tudo para ser tranquilo.
Liguei para o meu marido, que passou em casa para pegar as bolsas. Há dias, já tinha preparado tudo. Fui para o hospital por volta das 17h.
Apesar da tranquilidade do médico, eu estava preocupada por causa da talassemia. Mas, a partir daquele momento, tudo correu bem. A anestesia foi tranquila e eu só queria ver o rostinho do meu filho.
O Rodrigo me acompanhou durante o parto, que começou as 19h30 e foi até as 20h. Ver o Lucca pela primeira vez foi a melhor coisa da minha vida. Não conseguia imaginar um ser mais lindo e perfeito. Naquele momento, eu realizava um sonho e me tornava uma das coisas mais bonitas do mundo: mãe.
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