Gravidez

Mãe ganha 165 mil reais após empresa a rebaixar por conta de filha prematura

Reprodução / The Mirror

Publicado em 10/08/2021, às 09h58 - Atualizado às 10h09 por Pedro Pilon


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Uma mãe foi rebaixada de cargo por um órgão apoiado pelo governo apenas por seu bebê ter nascido prematuro. A Dra. Katie Lidster, de 38 anos, decidiu então entrar com um processo para conseguir justiça e venceu o caso contra o UK Research and Innovation (UKRI) após uma batalha de 18 meses após a chegada de seu segundo filho, Daisy, que nasceu dois meses antes do tempo e gravemente abaixo do peso.

Dra. Katie Lidster trabalhava há 7 anos na UKRI(Foto: Reprodução / The Mirror)

Ela trabalhou para a empresa durante 7 anos e saiu de licença maternidade para ter a filha, Daisy. Morava em Devon a maior parte do tempo e viajava para o escritório em Londres uma vez por semana, particpando regularmente de conferências no exterior. Mas por conta de complicações no parto, Daisy teve que nascer por meio de uma cesariana e passou 53 dias em cuidados neonatais, sendo alimentada por um tubo, antes de poder ir para a casa.

A volta

Quando voltou da licença maternidade da primeira filha, Molly, de 4 anos, ela já começou a trabalhar em tempo integral, e quando voltou dessa vez, na segunda gravidez, entrou em contato com o chefe para falar sobre o retorno. Ela tinha sido diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático, mas estava se cuidando e dizia estar se sentindo positiva. “Sempre fui muito focado na carreira. Eu poderia ser mãe e fazer isso ao mesmo tempo ”, disse ela.

Ela disse ao The Mirror como foi a sensação de estar prestes a voltar a trabalhar: “Eu estava animada para começar a fazer planos sobre meu retorno ao trabalho e, em particular, um retorno ao senso de normalidade após 6 meses difíceis”. Porém, durante um telefonema de 11 minutos, o gerente dela disse que não seria apropriado ela voltar a posição original na empresa.

Rebaixada

Ela então recebeu uma proposta de um cargo com responsabilidades reduzidas, 4 dias por semana, e mais tarde informaram ela que o antigo emprego não existia mais. Cinco semanas depois, ela descobriu que uma função quase idêntica ao anterior que ela ela fazia estava sendo anunciado internamente. Eles acrescentaram uma palavra à descrição do trabalho e uma responsabilidade, o que eu estava fazendo de qualquer maneira”, disse Lidster.

Ela soube desse emprego quando um colega lhe enviou o anúncio. A vaga foi dada a pessoa que estava cobrindo o trabalho dela durante a licença maternidade. O UKRI, que distribui fundos do governo para o setor de ciência do Reino Unido, foi notícia no ano passado por causa da promessa de Boris Johnson de tornar o país “uma superpotência científica”, aumentando os gastos com pesquisa de quase £ 15 bilhões por ano para £ 22 bilhões em 2025.

Luta na justiça

Lidster, que é formado em ciências biológicas com neurociência pela Universidade de Edimburgo, mestre em descoberta de drogas pelo King’s College London e PhD em neuroimunologia pela Queen Mary University of London, renunciou em dezembro. O UKRI admitiu a culpabilidade em um tribunal de trabalho em Bristol e foi condenado a pagar £ 23.000, (cerca de 165 mil reais) mais juros por danos.

A juíza do caso reforçou que os empregadores sabiam que a mulher não estava bem e mesmo assim fizeram isso. Lidster foi representada pelo marido, um colega cientista, já que não podiam pagar um advogado. Ela agora trabalha para GW4, uma aliança de universidades no sudoeste e no País de Gales. “Sinto uma grande sensação de alívio porque acabou e um fardo foi retirado”, Disse Katie

“Isso significa que agora posso me concentrar em passar tempo de qualidade com minha família, especialmente minhas meninas e começar a reorientar minha carreira. “Na época, eu não sabia quanto tempo todo o processo levaria. Eles tiraram minha carreira de mim, então eu não tinha outra opção a não ser lutar por justiça”, finalizou.


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Bebê Maternidade Mãe Prematuro Licença-maternidade processo injustiça

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