Gravidez

Grávida pode programar feto para engordar

Publicado em 30/09/2013, às 13h44 - Atualizado em 12/06/2015, às 16h49 por Redação Pais&Filhos


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Nem sempre a alimentação é o único ou o principal motivo para a obesidade. Crianças que comem pouco, podem, sim, engordar acima do saudável. O médico Carlos Alberto Nogueira Almeida, diretor do Departamento de Nutrologia Pediátrica da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), apresentou estudos realizados em países estrangeiros, como Austrália, e no Brasil sobre a obesidade infantil “sem explicação”, ou seja, crianças obesas que apresentam a mesma quantidade de ingestão de energia (carboidratos, proteínas, gorduras etc.) e mesmo nível de sedentarismo que crianças magras.

As crianças obesas pesquisadas gastam mais energia para fazer exercícios leves do que as magras fazendo exercícios pesados. E possuem – sim!- a mesma e até maior frequência de exercícios por dia. Sem explicações claras para o fato de essas crianças serem obesas, os especialistas buscam respostas científicas. Algumas suposições foram feitas como “a criança era magra, manteve alimentação errada e engordou”, “contaminação viral”, “flora bacteriana” e “meio ambiente”. As conclusões foram apresentadas no 17o Congresso Brasileiro de Nutrologia, realizado pela ABRAN, em São Paulo, no dia 25 de agosto.

Barriga que vem da barriga

Apesar de não ter todas as respostas, algumas influências genéticas e do meio ambiente são apontadas para explicar por que algumas crianças tendem a ficar obesas. As descobertas relacionadas à genética estão bastante relacionadas à grávida.

Problemas na gravidez que fazem com que o feto crie um mecanismo de defesa que o faz engordar:

Esse mecanismo de defesa é chamado pelos médicos de “fenótipo poupador”, uma resposta ao estresse vivido pelo feto que ‘liga ou desliga’ algumas tendências genéticas, ou seja, ele poderia ter tendência de ser uma pessoa magra, mas torna-se obesa por continuar poupando energia para o resto da vida – mesmo que o mecanismo não seja mais necessário.

Isso acontece porque suas células ‘aprenderam’ a acumular gordura, seu corpo tem o apetite aumentado e conserva a gordura recebida. “A genética do bebê não é modificada, dada que é estável. Mas, a forma com que ela se expressa pode ser reprogramada ainda dentro da barriga. É o que chamamos de programming, algo possível pelos mecanismos da epigenética”, explica o nutrólogo.

Epigenética: entenda como o ambiente modifica a genética

Outra causa genética bastante estudada pelos especialistas são os polimorfismos genéticos, que são alterações nos genes transmitidos pelos pais (especialmente as alterações que acontecem no gene 16) que podem causar a obesidade e um aumento nos pontos do índice de massa corporal (IMC) da pessoa. “O mais impressionante é que 40% das pessoas apresentam polimorfismo de acordo com pesquisas. Destas, entre 60% e 80% vão apresentar uma variação do peso corporal”, afirmou Dr. Carlos.

Bisfenol engorda

Os fatores ambientais citados pelo médico são os chamados obesogens (o nome pode parecer estranho, mas designa compostos químicos que interrompem o equilíbrio normal do metabolismo dos lipídios no corpo).

Os obesogens atuam aumentando as células de gordura, baixando a queima de calorias durante o sono e fazendo com que o indivíduo tenha mais fome e saciedade tardia. Um de obesogen é o Bisfenol-A (substância utilizada para a fabricação de plástico até 2011 no Brasil), presente em mamadeiras e outros utensílios plásticos mais antigos.

O médico explicou que os obesogens podem causar diabetes e a redução da fertilidade, entre outras diversas alterações.  


Palavras-chave
Saúde

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